Briga que teria começado em um bar terminou com dois mortos e dois feridos no balneário de Shangri-lá, Pontal do Paraná, litoral do Estado, na madrugada do último dia de 2009.
Informações obtidas pela Polícia Militar dão conta de que as mortes foram fruto de uma confusão no Bar do Nando, apontado por vizinhos como local de venda de drogas. O autor dos disparos se identificou como policial e está foragido.
O crime aconteceu por volta de 3h30 na Rua Yemanjá. A briga teria começado no bar, na Avenida Miramar, paralela à Rua Yemanjá. De acordo com testemunhas, três das vítimas arranjaram confusão com o assassino.
Já a Polícia Civil apurou outra versão para os fatos, a de que o atirador teria avançado com seu carro em algumas pessoas que estavam em frente ao bar e elas teriam jogado latas de cerveja nele.
Irritado, ele saiu do carro com duas armas em punho, perseguindo os rapazes, que estavam de moto, mas saíram correndo. Na Rua Yemanjá o criminoso alcançou as vítimas e, dizendo ser policial, começou a atirar. Walter Varbas Júnior, 28, levou um tiro nas costas, caiu, ficou de joelhos e levou outro tiro na cabeça.
William Antônio Taner, 20, também morreu na hora. No instante em que Walter era executado, Luciano Domingos dos Santos, 25, vinha de motocicleta pela rua, no sentido contrário. Ele nada tinha a ver com a briga e se dirigia até a sorveteria onde trabalha para pegar a mulher que fazia hora extra.
Luciano foi atingido com quatro tiros, sendo que um deles perfurou o pulmão. Hospitalizado, já deixou a Unidade de Terapia Intensiva do hospital de Paranaguá.
A motocicleta dele chegou a tombar em cima de um dos mortos. O quarto ferido foi Bruno Yuri Senish, 21, que também está internado no hospital. As vítimas são moradores de Shangri-lá.
Testemunhas ainda contam que o atirador estava num Audi A3 preto e permanecia na cena do crime quando a polícia chegou. Fugiu quando uma testemunha se aproximou e o apontou como autor do duplo homicídio. A delegacia de Pontal do Sul investiga o caso e não tem pistas do criminoso.