Uma brasileira, de 33 anos, foi presa pela Interpol, na manhã de ontem, na cidade de Lugo, na Espanha. Ela fazia parte do esquema de exploração sexual de adolescentes e extorsão descoberto em 2006, em Curitiba, e que envolvia policiais civis e militares. O processo já foi julgado. Dos 29 réus, apenas nove foram condenados. Entre os condenados está esta mulher, que assim que soube da condenação, em agosto do ano passado, foi morar na Espanha.

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A Polícia Nacional Espanhola, que divulgou as informações, não autorizou a publicação do nome da detida. No entanto, o Paraná Online apurou que a mulher trabalhava como secretária de Luciana Polerá Correia Cardoso, tida como mentora do esquema. Luciana convencia adolescentes a fazer programas amorosos. A mulher detida tinha a função de encontrar clientes para os programas. Quando os pedófilos já estavam com as adolescentes, um grupo de policiais aparecia e exigia dinheiro para não prender os pedófilos. No entanto, um dos clientes não aceitou a extorsão e o esquema veio a público, culminando com as prisões.

A brasileira foi pega porque um alerta com o nome dela foi emitido à Interpol como foragida. Desta forma, o escritório da Interpol em Madri conseguiu localizar a foragida naquele país.

Pena

Dos nove condenados, pelo menos cinco recorreram da sentença, solicitando redução de pena. No entanto, apenas Luciana conseguiu reduzir seus 35 anos e seis meses de prisão para 29 anos, sete meses e 22 dias, além do pagamento de 218 dias-multa.

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Já os policiais civis Márcio Glonika, Marcos Antônio Ferreira, Mário Jorge Ribeiro Couto e Richard Alberto Dittert continuam com a pena de 15 anos de reclusão. Além dos nomes já citados, também foram condenados, no ano passado, o empresário Adi Sfredo, e os delegados Edson José Costa e Moisés Américo de Souza Neto.