Uma operação realizada pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), na semana passada, chamou a atenção para a realização de manobras perigosas e corridas em vias públicas, os chamados ?rachas?. Na Operação Fuzuê, vários veículos foram autuados por estarem em condição irregular e um motorista chegou a ser detido e encaminhado à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) porque efetuava, no Parque Náutico do Boqueirão, manobras como cavalos-de-pau.
Segundo o coronel Jorge Costa Filho, comandante do BPTran, a faixa etária e gênero das pessoas que mais incorrem neste tipo de infração coincide com aquelas que mais se envolvem em acidentes de trânsito. ?São homens com idade entre 18 e 29 anos?, explicou. Para ele, as práticas de ?rachas? e de manobras perigosas para exibição de destreza ou perícia provocam acidentes e acabam ferindo pessoas inocentes. ?Todas as operações que temos feito têm como objetivo proteger os bons motoristas?, afirmou.
O comandante também disse que mais operações, como a realizada no Parque Náutico, que contou com a presença de 140 policiais, serão realizadas em Curitiba.
De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), quem pratica ?racha? (artigo 173) está sujeito à multa de R$ 574,63, suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo. Já a organização de exibições de manobras perigosas sem autorização (artigo 174) rende multa de R$ 957,70, também com a suspensão e apreensão do veículo, tanto para participantes quanto para organizadores. Ambas situações são passíveis de processo criminal.
Um exemplo de conscientização é a campanha desenvolvida pela Força Livre, empresa que organiza eventos de velocidade em Curitiba. De acordo com o coordenador de marketing Rafael Casagrande, há inclusive uma parceria institucional com o BPTran. ?Este ano uma das etapas da Arrancada foi batizada com o nome do batalhão?, afirmou.
