O criminoso Marcelo Moacir Borelli, 35 anos, está em uma cela individual da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP) – presídio inaugurado em junho passado e considerado modelo no sistema penitenciário brasileiro. Ele foi transferido na quinta-feira à tarde da Penitenciária Estadual de Londrina, para Curitiba, sob forte esquema de segurança.
A remoção de Borelli vinha sendo cogitada pela Secretaria da Segurança desde que o novo presídio estava em construção, pelas condições de segurança que a carceragem oferece. Há um mês a Vara de Execuções Penais autorizou a transferência, mediante pedido do Departamento Penitenciário. Borelli já havia passado pela carceragem da Polícia Federal em Brasília onde tentou rebelião e foi espancado duas vezes pelos demais detentos – e pelo presídio de Campo Grande (MS), de onde foi transferido para Londrina, onde reside a família dele.
Borelli cumpre pena de 192 anos de prisão. Somente pela tortura de uma criança de três anos ele recebeu sentença de 156 anos. A juíza Marcelise Weber Lorite, de São José dos Pinhais, onde correu o processo, analisou uma fita de vídeo em que Borelli aparece torturando a garotinha, filha de um ex-comparsa dele, e deu a sentença baseada em 21 diferentes atos de tortura. A defesa de Borelli pediu recurso, que está sendo analisado pelo Tribunal de Alçada.
Borelli cumpre pena também por formação de quadrilha e assalto. Ainda responde a inquéritos em Curitiba, São José dos Pinhais e São Paulo.