A imprudência dos banhistas somada à imprevisibilidade do mar está dando trabalho aos salva-vidas no litoral paranaense. Desde o início da Operação Verão, em 20 de dezembro, o Corpo de Bombeiros já realizou 213 operações com embarcações, que incluem resgates, salvamentos e patrulhamento marítimo. Ao todo, foram feitos 700 resgates e 400 atendimentos prestados pelo Sistema Integrado de Atendimento a Traumas em Emergência (Siate).

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Na madrugada de ontem, uma equipe de salva-vidas fez mais um trabalho, resgatando dois jovens na Ilha do Farol, nas proximidades da Praia Mansa, em Caiobá. Segundo o tenente Leonardo Mendes dos Santos, do Corpo de Bombeiros, os rapazes são de Londrina e estavam há uma semana no litoral do Paraná. Eles foram surpreendidos pela subida repentina da maré. A dupla seguiu até a ilha para pescar no fim da tarde, período em que a travessia podia ser feita com facilidade. ?Muitos veranistas já passaram pela mesma situação por falta de observação ou conhecimento da tábua das marés, que mostra em quais horários ocorrem as enchentes e vazantes?, disse o tenente, lembrando que essas informações podem ser facilmente obtidas no site da Marinha, o www.mar.mil.br.

Na segunda-feira à noite quem foi socorrido foi o pescador Vanderson da Silva, 22 anos, que estava numa embarcação vinda de Laguna (SC), em alto-mar, a cerca 36 quilômetros da Ilha do Mel. Mais uma vez, o resgate foi feito com auxílio de embarcações especialmente destinadas aos salvamentos. O pescador, que se machucou no rosto quando recolhia a rede de pesca do barco, foi levado pela lancha do Corpo de Bombeiros a Paranaguá para receber o atendimento médico.

Para evitar afogamentos e mortes no mar, os guarda-vidas estão na areia da praia das 8h às 20h, diariamente, sempre advertindo os banhistas mais imprudentes. ?Os bombeiros estão sempre atentos quanto aos perigos e avisam os veranistas para tomar cuidado e evitar que fiquem em dificuldades na água?, disse Leonardo. Até agora, já foram 40 mil advertências.

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