Um acidente deixou uma família em pânico na tarde de ontem. Flávio Henrique da Silva Sartori, de apenas 1 ano e 10 meses caiu em um buraco de 2,5 metros de profundidade, por 30 centímetros de diâmetro, nos fundos de sua moradia, nas Moradias Pantanal, no Alto Boqueirão, às 14h10. Sem ferimentos e com um pirulito ainda nas mãos, a criança foi resgatada por homens do Corpo de Bombeiros duas horas e meia depois.
O pai da criança Flávio Luís Sartori, estava de férias no serviço e aproveitou as horas de folga para construir um sobrado para a família e cuidar do filho, enquanto sua mulher, Rosana Cristina, trabalhava. Pela manhã, ele com ajuda de outros homens escavaram buracos para a fundação da obra. Após o almoço, Flávio trocou a frauda do filho e o colocou no sofá para assistir televisão. ?Foi questão de segundos. Acho que ele passou por trás. Nem vi. Só ouvi o choro?, contou Flávio. Ele disse que correu para o quintal em frente à moradia, imaginando que o menino estivesse lá. ?Não encontrei nada e vi que o choro vinha do buraco. Corri em direção ao local e vi um pedaço do pirulito que ele estava chupando?, disse o pai.
Salvamento
Às 14h45, os bombeiros chegaram ao local. Vizinhos e parentes de Flávio Henrique já haviam começado a cavar o buraco, ao lado do que o menino estava, na tentativa de resgatar a criança, e os bombeiros continuaram o trabalho. Eles cavaram quase duas horas até chegar próximo à criança. Durante o trabalho, Flávio Henrique chorava todo o tempo. Seu pai, tentava acalmá-lo conversando e prometendo levá-lo para passear de carro.
?Colocamos tubos de oxigênio para que a criança não ficasse sem ar. O choro dele nos tranqüilizava, porque era um sinal de que ele estava bem?, explicou o tenente Moreira, que coordenou a operação.
Após muito trabalho, o tenente retirou Flávio Henrique do buraco e o abraçou. Ainda assustado, o menino olhava para os lados, enquanto os vizinhos e parentes aplaudiram o trabalho dos bombeiros. O médico do Siate, que já aguardava no local, examinou a criança, mas não constatou nenhuma lesão. Mesmo assim, Flávio Henrique seguiu com a ambulância do Siate, acompanhado de sua mãe, para o Hospital do Trabalhador, onde foram feitos exames para certificar que o garotinho estava bem.
