Um artefato contendo material explosivo, colocado dentro de uma sacola plástica, foi deixado no corredor do 2.º andar do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, no Centro Cívico, em Curitiba. A bomba foi encontrada pelos seguranças do prédio, às 13h30 de ontem, e desativada por policiais militares do Centro de Operações Especiais (COE), às 15h15. O fato mudou a rotina do TJ, mas o prédio não chegou a ser evacuado.
O tenente Antônio Cláudio Cruz, do grupo antibombas, contou que havia pouca quantidade de pólvora enriquecida com alumínio e um dispositivo para acioná-lo. A bomba ainda tinha uma bateria de três volts. ?Não havia risco da explosão causar grandes danos e nem tirar a vida de alguém, mas poderia causar ferimentos?, disse. Segundo ele, o artefato poderia ser detonado se manipulado.
Cruz disse que o material será analisado por peritos do Instituto de Criminalística, que poderá avaliar melhor e dar subsídios para a investigação policial. ?O tribunal tem sistema de monitoramento de vídeo, o que poderá auxiliar na identificação de quem deixou a sacola no prédio?, salientou. O tenente disse que o prédio não foi evacuado porque a segurança não achou necessário. ?Temos terroristas psicológicos que só querem mudar a rotina dos prédios públicos?, comentou.
O desembargador João Kopytowiski disse que o encontro do artefato dentro do Tribunal de Justiça é preocupante. ?Exige mais cuidado da cúpula judiciária. A segurança pública anda vulnerável. O efetivo da polícia militar é insuficiente?, disse o desembargador.