Blitze contra poluição sonora

Os freqüentadores do Parque Barigüi tiveram uma surpresa na tarde de ontem. Todas as ruas que desembocam na Rua Doutor Aluízio França, que margeia o lago, foram bloqueadas por policiais militares e guardas municipais, das 17h30 às 21h. O objetivo foi garantir tranqüilidade e um mínimo de silêncio a quem passeia por lá, já que muitos veículos estacionados naquela rua não respeitam os limites para o som de seus carros, obrigando outros freqüentadores a ouvir todo tipo de música a volume prejudicial aos ouvidos humanos. No total, 11 pessoas foram detidas, por esse delito.

A operação, feita em conjunto também com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, abordou aproximadamente 250 veículos, e encaminhou 10 deles ao pátio do Detran, a maioria por licenciamento atrasado, conforme informações preliminares do tenente Harley, do Comando de Policiamento da Capital. Foram feitas 50 notificações por veículos rebaixados, falta de uso do cinto de segurança e ausência de documentos obrigatórios. Duas pessoas foram detidas por estarem brigando e mais duas por desacato. Todos os detidos foram encaminhados ao 3.º Distrito Policial, onde foi lavrado termo circunstanciado.

Abusos

O controle no abuso de som alto e de motoristas imprudentes é uma reivindicação antiga da Amaparque – Associação dos Moradores e Amigos do Parque Barigüi. "A poluição sonora ou perturbação do sossego e direção perigosa são as principais reclamações", comentou o inspetor Airton, da Guarda Municipal.

O engenheiro de segurança Fernando Moleda, que vai ao parque três vezes por semana, alertou para o perigo do som alto. "Em um ambiente de trabalho, por exemplo, o nível sonoro admissível fica entre 65 a 80 decibéis. Por curiosidade, já registrei no parque níveis de 120 decibéis na música de alguns carros", contou.

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