Trinta e um mil maços de cigarros falsificados e contrabandeados foram apreendidos durante uma operação realizada por policiais da Delegacia do Consumidor (Delcon) e pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), durante três dias, na Região Metropolitana de Curitiba.
O diretor da ABCF, Rodolpho Ramazzini, informou que foram visitados 120 estabelecimentos comerciais e descoberta uma distribuidora de cigarros falsificados e contrabandeados com sede em Colombo. Nela foram apreendidas nove caixas de cigarros. O proprietário da empresa foi conduzido à Delcon, indiciado em inquérito policial e liberado após prestar depoimento.
Impostos
Rodolpho salientou que o número de cigarros vendidos de forma ilegal no Brasil cresce 12% ao ano. Segundo dados da ABCF a perda da arrecadação tributária foi de R$ 1,3 bilhão em 2001. “Para se ter uma idéia. Se pegarmos o Marllboro, por exemplo, que custa R$ 2,25, 1,50 é destinados aos impostos, o custo de produção é R$ 0,30 e o lucro R$ 0,15. Veja quanto de impostos é perdido”, explicou. Ele disse que as fábricas de cigarros compram o selo da Receita Federal e por ele já pagam os impostos. “Este selo é feito de papel moeda, enquanto o falsificado é de papel sufite”, argumentou Rodolpho.
Mais operações
Ele avisou que serão realizadas outras operações em outras cidades do Paraná, para combater a falsificação. A ABCF já visitou as cidades de Curitiba, Porto Alegre, Campinas, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador e Goiânia. “Só ao Paraná o prejuízo anual do comércio ilegal de cigarros é de R$ 32 milhões e o Brasil perde R$ 43,8 milhões”, enfatiza o diretor da entidade.
Ele ressalto o que o Paraná comercializa 1,8 bilhão de cigarros ilegais por ano, representando 30% do produto consumido.
