Beira-Mar é interrogado em Catanduvas

O traficante Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, passou ontem pelo primeiro interrogatório desde que foi transferido para a penitenciária de segurança máxima de Catanduvas, nas proximidades de Cascavel, oeste do estado. A audiência aconteceu dentro do presídio, com poucas presenças e sob rígida segurança.

Durante uma hora e meia, Beira-Mar respondeu a perguntas referentes a uma ação que tramita na Justiça Federal do Mato Grosso do Sul, na qual é acusado de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

O juiz da comarca de Catanduvas, Murilo Gasparin Moreno, que procedeu ao interrogatório, conta que trata-se de processo em fase inicial. ?Recentemente houve o recebimento da denúncia e foram ordenados os interrogatórios?, afirma. Apesar de não divulgar o conteúdo do processo, o juiz afirma que o texto é extenso. ?Por ser gravado, um interrogatório no presídio costuma ter celeridade maior e demorar em média 15 minutos. Mas não foi o caso deste?, equipara.

Segundo o juiz, Beira-Mar se comportou bem durante o interrogatório, acompanhado somente pela promotoria, o advogado de defesa e pelo escrivão – além dos agentes que faziam a segurança.

?Ele nos respeitou e se portou de maneira natural. Respondeu normalmente às perguntas e, em algumas delas, reservou-se no direito de ficar em silêncio?. Toda a audiência foi registrada em vídeo, áudio e fotografias, evitando uma alegação de nulidade. Os dados serão enviados a Campo Grande, onde a Justiça dará prosseguimento ao processo.

Em breve, o traficante – condenado duas vezes pela Justiça – deve ser ouvido novamente. Dessa vez, por outra ação, a qual tramita no Rio de Janeiro. O juiz aguarda a precatória para o próximo interrogatório, que ainda não tem data marcada.

O traficante mais conhecido do Brasil, Fernandinho Beira-Mar, foi transferido de Brasília para Catanduvas, no interior do Paraná, dia 19 de julho deste ano. O esquema de segurança na sua chegada foi feito pelos agentes penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e por policiais federais.

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