Pouco depois de ter saído da casa de sua irmã, Osmar Duarte, 36 anos, foi assassinado com dois tiros na cabeça, na Rua Gaivotas, próximo ao cruzamento com a Rua Andorinhas, na Vila Palmital, Alto Boqueirão, às 19h de domingo. Ele morou por muito tempo na vila, mas havia se mudado para um depósito de reciclagem de papel, no Sítio Cercado. A polícia trabalha com as hipóteses de briga em bar ou de alguma rixa antiga.
Osmar passou o domingo com a irmã e o cunhado, Antônio Luiz Barros, 30, e não atendeu ao apelo de dormir na casa deles. "Ele disse que tinha que estar cedo no galpão, porque era segunda-feira", relatou Antônio. O cunhado comentou que Osmar ainda lhe deu um beijo no rosto, antes de ir embora. "Sei que homem não beija homem, mas vou te beijar", disse brincando, antes de sair. Menos de meia hora depois, alguém avisou o casal da morte de Osmar, também conhecido por "Tatu".
Trio
Alguns moradores próximos do local onde o homem foi executado comentaram ter ouvido três tiros. Porém, avaliação preliminar do perito Antônio Carlos, da Polícia Científica, constatou dois ferimentos na cabeça da vítima. Segundo apurado pelos investigadores Magalhães e Nielson, da Delegacia de Homicídios, foram vistos três homens "carregando" Osmar pela rua. Eles teriam parado em frente ao muro de uma residência e atirado.
Segundo relato do cunhado de Osmar, o homem não se metia em confusão e era ben-quisto no bairro. "Ele só se mudou daqui porque encontrou trabalho no depósito", relatou. O depósito onde Osmar trabalhava e morava fica na Rua Eduardo Pinto da Rocha.