Anderson Kutz pagou um preço muito alto por não colocar seu filho sentado corretamente no banco do carro. Solta, sem usar cinto ou cadeirinha própria para bebês, a criança foi arremessada de dentro do veículo numa colisão com outro automóvel, que ocorreu na esquina da Avenida Marechal Floriano Peixoto com a Rua Bley Zornig, no Boqueirão, por volta das 23h30 do último sábado. Kauê Santos Kutz, de apenas oito meses, chegou a ser socorrido pelo Siate, mas morreu na ambulância, a caminho do Hospital do Trabalhador, por volta da 1h de domingo. Os outros dois filhos de Anderson, adolescentes de 12 e 14 anos, também foram socorridos em estado grave, mas sem risco de morte. Nessa mesma esquina, outra pessoa morreu na tarde de domingo.
Segundo relatos obtidos por policiais militares do Batalhão de Trânsito (BPTran), o causador do acidente teria sido Anderson, que dirigia o Prêmio placa AEA-8428. Ele teria furado uma preferencial e atingido a lateral do Marea placa AIG-8428, conduzido por Sérgio Luís Serafim. No Marea, ninguém se machucou. No Prêmio, feriram-se os adolescentes e o bebê, ejetado por um dos vidros ao asfalto. Essa versão teria sido dada por Sérgio. Anderson não deu seu relato porque seguiu ao hospital, junto com os filhos, onde foi preso mais tarde.
Outro
No mesmo local, às 16h30 de ontem, o motoqueiro Gilberto Alencar de Oliveira, 30 anos, morreu ao bater a moto que pilotava contra um caminhão guincho, dirigido por Marcelo Beva. Gilberto morreu na hora. Sua esposa, a garupa, foi encaminhada ao Hospital do Trabalhador com ferimentos leves.
Marcelo, que ia pela Marechal Floriano, fez uma conversão proibida e fechou a moto. Para os policiais, ele confirmou que ingeriu bebidas alcoólicas e que fez a manobra irregular. No teste do bafômetro, atingiu 4,6 miligramas de álcool por litro de sangue. O permitido, segundo explicação dos policiais de trânsito é até 3,0. Além de alcoolizado, revelou o tenente Friesen, do BPTran, Marcelo estava com a carteira de habilitação suspensa.