Os pais foram assassinados. Ele foi espancado a ponto de estar em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Pequeno Príncipe, desde a noite de quarta-feira. A sucessão de tragédias ocorreu em apenas um ano e sete meses de vida do menino, cuja mãe adotiva, de 27 anos, é a principal suspeita de causar um traumatismo craniano no bebê.
A violência foi constatada pela equipe médica da Maternidade de Pinhais, que atenderam o menino em convulsão por conta do espancamento. A criança foi levada pela mãe, por volta das 19h de quarta-feira. Segundo a mulher, o menino havia sofrido uma queda. Entretanto, ela não soube explicar as marcas de mordidas no corpo da vítima, nem as fissuras no ânus. “Disse apenas que não tinha conhecimento”, explicou o delegado-titular de Pinhais, Fábio Amaro. “Ela estava com a criança em casa, na companhia das outras duas filhas legítimas. A autoria do crime aponta para a mãe adotiva”.
Devido à gravidade dos ferimentos, o menino foi transferido para o Hospital Pequeno Príncipe, com poucas chances de sobreviver. A mãe já foi transferida para o presídio feminino de Quatro Barras. De acordo com o delegado, a mulher estava há um mês com a guarda provisória da criança. “Só pelas agressões, ela pode pegar de dois a seis anos de reclusão, mas pode piorar se o menino morrer”. Ainda conforme o delegado, o companheiro da acusada e pai das meninas segue com a guarda das filhas.
Denúncias
O Hospital Pequeno Príncipe reforçou a necessidade de se denunciar os casos de maus-tratos e violência contra crianças. Só no ano passado, o hospital registrou 374 atendimentos dessa natureza. O número do Disque Denúncia Nacional é o 100 e o do Disque Denúncia Estadual é o 181. A Prefeitura também atende pelo 156.