A última Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) da temporada 2008/2009 foi interrompida por uma tragédia, na madrugada deste sábado (28) no bairro de Coroados, em Guaratuba. Ao lado do bar e lanchonete Água Viva, que estava sendo fiscalizado, começou um incêndio em uma casa de madeira em que moravam oito pessoas de uma mesma família. A moradora pediu ajuda às equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil, que compõe a Aifu, dizendo que havia deixado uma vela sobre a cama – o que teria originado o incêndio. Duas crianças de dez e dois anos de idade foram retiradas da casa, mas um bebê de sete meses que estava dormindo onde o incêndio começou não pode ser salvo e acabou morrendo.

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“A equipe da Ação Integrada estava fazendo um serviço rotineiro de fiscalização no estabelecimento comercial, quando foi chamado pela moradora informando do fogo na residência. Imediatamente a equipe tentou entrar na residência, utilizamos os extintores dos veículos e dos estabelecimentos próximos, mas infelizmente não obtivemos êxito. Os bombeiros foram acionados e compareceram rapidamente ao local, para as medidas de praxe e para o resfriamento no local, e também acionamos o IML e a Criminalística”, relata o coordenador da Polícia Militar na Aifu, capitão Jeferson Silva.

O aspirante do Corpo de Bombeiros de Guaratuba Luiz Eduardo Zarpelon afirma que o chamado da Ação Integrada ocorreu por volta das 0h40 e que os bombeiros chegaram ao local em três minutos. “Com o apoio de um caminhão autobomba o fogo foi combatido e controlado. Segundo informações repassadas para a nossa equipe, a mãe tinha acendido uma vela dentro da residência, essa vela caiu sobre um colchão, e por ser residência de madeira o fogo se propagou muito rápido. Não foi possível retirar a criança com vida de dentro da casa, devido às condições da residência”, conta Zarpellon.

A família está sob os cuidados do Conselho Tutelar de Guaratuba. “Será feito o boletim de ocorrência da policia, informando a situação e vamos fazer a ficha de cadastro da família, para montar um relatório da situação e encaminhar para a Promotoria da Justiça”, disse a conselheira tutelar de Guaratuba Aline Juliana Scabeni, que participava da Aifu no momento do incêndio.

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“A mãe da criança morava com a mãe dela, com a irmã e mais algumas crianças, desde que o marido a abandonou. É uma família muito carente. A casa não tinha luz elétrica e estavam sob a luz de velas. A vela acabou caindo e pegando fogo, sem que nós pudéssemos fazer nada. Foi tudo muito rápido. Isso serve de alerta para todos os pais: nos filhos, temos que ter mais de um olho em cima, porque em questão de minutos uma fatalidade pode acontecer”, alerta Aline. Ela acredita que, a presença da Aifu no local, pode ter evitado uma tragédia ainda maior.