Vítima de asfixia mecânica por broncoaspiração do conteúdo gástrico (refluxo), conforme consta em seu atestado de óbito, o bebê Rafael Mamgi Ferreira Júnior, de 7 meses, morreu na última sexta-feira, ao dar entrada no Pronto Atendimento do Alto Maracanã, em Colombo.
Apesar do problema clínico, frequente em bebês de até um ano, os pais da criança desconfiam que houve negligência por parte do Centro de Educação Infantil Novo Milênio, no Alto Maracanã, berçário onde a criança ficava durante o dia. O casal exigiu uma necropsia e o corpo do menino foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal.
Os pais, Deborah e Rafael Ferreira, ambos com 22 anos, estão revoltados com a atitude da escola, que até ontem não havia dado nenhuma explicação à família. De acordo com a mãe, ela recebeu um telefonema naquele dia, informando que era para ir até o centro médico, porque seu filho não estava bem.
Quando chegou lá, a criança já estava morta. Júnior tinha sido levado pela diretora, de nome Aline. Ainda segundo os pais, “no sábado Aline atendeu o telefone celular, mas quando ouviu que era a família do “Rafinha” (como chamavam a criança) desligou e não voltou a atender nenhuma ligação.
Domingo, a placa com o nome da escola foi tirada do jardim e na porta foi afixado um recado, informando que o estabelecimento ficaria fechado na segunda e terça-feira.
A direção da escola prometeu, ontem, mandar uma nota de esclarecimento aos veículos de comunicação, mas não o fez. A funcionária que atendeu ao telefone, e que não se identificou, disse que por orientação do advogado eles só vão se manifestar através de nota e após resultados de exames no corpo da criança.