Alguns dos maiores segredos da “Baronesa do Sexo” Mirlei de Oliveira, que por 30 anos foi a principal cafetina do Paraná, foram revelados em matéria do repórter Carlos Simon, publicada na última edição da Revista Ideias.
O conteúdo veio de três horas de conversa na sede da revista, em 17 de novembro. Mirlei declarou que conheceu o mundo da prostituição quando trabalhou em uma agência de eventos.
Antes dos 25 anos ela já agenciava meninas, mas jura que nunca se prostituiu. Teve vários escritórios até conquistar a famosa “Chácara da Mile”, no Alto Maracanã, em Colombo, onde cobrava 30% do valor do programa de suas meninas e chegou a faturar R$ 5 mil por dia, na década de 90.
Ela fornecia garotas para festas de políticos em vários lugares do País e, dessa maneira, se aproximou de policiais e autoridades. Em pouco tempo, trocava os favores sexuais das garotas que agenciava por privilégios.
Crimes
Em setembro de 2004, Mirlei foi presa em Balneário Camboriú (SC) acusada de extorsão e favorecimento à prostituição. Ela alega que foi perseguida pelo delegado Silvan Rodney Pereira, porque ele teria montado um prostíbulo e queria liderar o mercado. Assim que soube das acusações, o delegado processou Mirlei por calúnia e difamação.
Ela nega outras acusações como furto, tráfico de drogas, clonagem de celulares e tráfico internacional de mulheres – processo que tramita em segredo de justiça e é acompanhado pelo Ministério Público Federal.
Passou sete meses presa no Paraná, onde declarou que tentou se matar várias vezes. Em 2006, foi para São Paulo onde iniciou a graduação em Direito. Em agosto de 2007 foi presa novamente, depois de aparecerem provas de que ela continuava agenciando prostitutas.
Cerca de R$ 500 mil da chácara foram tomados por dois empresários, e hoje Mirlei passa dificuldades. Agora, ela só deseja advogar e, como defesa, ainda guarda a agenda com nomes de clientes e funcionárias.