Bares e hotéis do centro fechados por força-tarefa

Uma grande operação de cassação de alvarás e fechamento de estabelecimentos irregulares no centro de Curitiba foi realizada ontem, chamando a atenção de quem passava pela região. A força-tarefa da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu), composta pela Polícia Militar, Polícia Civil e secretarias de Urbanismo e Defesa Social da Prefeitura, fechou quatro bares e três hotéis de alta rotatividade. Uma pessoa foi presa.
O fechamento é resultado de fiscalizações anteriores, realizadas desde o início do ano, por agentes da Prefeitura e pelas polícias Civil e Militar. Diversas blitze constataram irregularidades nesses estabelecimentos, caracterizando o desvirtuamento de uso, ou seja, a utilização do local em desacordo com o alvará.

Apenas um desses hotéis foi palco de 67 ocorrências policiais nos últimos 12 meses. "Sempre nos cobram para fechar bares, mas a polícia não tem competência para isso. Com as operações integradas com todos os órgãos de fiscalização nós conseguimos reunir elementos que embasaram a decisão do município", disse o delegado Clóvis Galvão. "O fechamento desses estabelecimentos resultará na diminuição da prostituição, do uso de drogas e da receptação de produtos de furto ou roubo na região", afirmou o coronel Sílvio Santos de Moraes Sarmento, comandante do Policiamento da Capital da PM.

Desobediência

A operação culminou com uma prisão em flagrante por desacato e o indiciamento dos donos dos hotéis Fox e Verona, que não estavam no local. Os proprietários já haviam sido informados da cassação e mantiveram as portas abertas. Os dois estabelecimentos foram lacrados. O outro hotel fechado foi o Flowers Garden. Segundo o secretário do Urbanismo, Luiz Fernando de Souza Jamur, a ação realizada nesta sexta-feira faz parte do esforço da Prefeitura para revitalizar a área central de Curitiba.

Além das cassações, a administração municipal vem trabalhando para a revitalização de prédios históricos e exigindo a vedação de imóveis desocupados, para evitar a formação dos chamados "mocós". "Esse trabalho conjunto mapeou os problemas e subsidiou o município para a cassação de alvarás. Assim evitamos que eles consigam reabri-los judicialmente", explicou o secretário.

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