Três adolescentes, um de 15 e dois de 17 anos, morreram em confronto com policiais militares, ao lado de um carro furtado, com mais de meio quilo de crack, às 2h de ontem. De acordo com o aspirante Kops, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, uma equipe patrulhava a Rua Nicola Pellanda, Umbará, recebeu informações de um vigilante que o trio estava em atitude suspeita em um Gol.
Os suspeitos foram encontrados na Rua José Ângelo Michelotto, do lado de fora do Gol placa IBS-6034, que havia sido furtado na noite de quinta-feira, no Pinheirinho. Os policiais relataram que, quando foram abordá-los, foram recebidos a tiros e revidaram. Os três suspeitos foram baleados e levados pelos policiais ao Hospital do Trabalhador, onde chegaram sem vida.
De acordo com a PM, foram apreendidos com o trio dois revólveres, calibres 32 e 38. As armas estavam com a numeração visível e a polícia verifica a procedência delas. Dentro do Gol foram localizados 566 gramas de crack. O carro, as armas e as drogas foram levados à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos. Os três adolescentes foram identificados, mas seus nomes não foram divulgados. Como de praxe em confrontos, inquérito policial-militar será aberto.
Transporte
O transporte de vítimas baleadas em confronto com a polícia, feita em viaturas, gerou polêmica, em 2009. Cinco jovens foram executados por policiais, conforme apurou o inquérito policial-militar, mas os PMs haviam alegado reação à abordagem.
Na época, a Secretaria Estadual da Segurança Pública proibiu que policiais transportassem baleados em confronto, relegando esta tarefa somente ao Siate.
O subcomandante-geral da PM, coronel César Alberto Souza, explicou que, hoje, há apenas a orientação para adotar esse procedimento. “Os profissionais do Siate estão mais capacitados que policiais para prestar socorro. Nossa prioridade é a preservação da vida”.
Caso a ocorrência traga risco aos policiais e vítimas, os PMs são autorizados a fazer a remoção. “No caso do Umbará, seriam necessárias duas ou três ambulâncias. Os policiais avaliara que, pela gravidade das vítimas, seria mais rápido levá-las ao hospital”, afirmou. O coronel explicou que cabe ao coordenador de Policiamento da Unidade analisar cada situação e decidir se os policiais devem aguardar o Siate ou não.