Bandidos se deram mal depois de assaltar uma panificadora no centro de Curitiba. Sady Albino de Abril, 38 anos, foi baleado no peito pela polícia, mas não corre risco de morrer. João Luiz Remowicz, 44, e Jorge Renann Thives, 50, foram presos em flagrante. O trio já tem passagens pela polícia, com longas permanências no sistema penitenciário. A mulher de Sady também foi presa quando foi à delegacia.
O roubo ocorreu numa panificadora na esquina da Rua do Rosário com a Saldanha Marinho. Sady e João entraram no escritório do estabelecimento e, apontando armas a um funcionário, conseguiram levar R$ 2.885,00 em dinheiro, R$ 732 em vales-refeição, e mais um maço de cheques devolvidos por ausência de fundos.
Em seguida, encontraram com Jorge, que os aguardava em um Siena, de propriedade da filha dele.
Os soldados Rômulo e Roberley, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, passavam com uma viatura por perto e, alertados pelo dono da panificadora sobre o roubo, perseguiram o Siena. O veículo foi alcançado na esquina das Ruas Duque de Caxias e 13 de Maio. Os assaltantes reagiram com tiros à voz de prisão.
Os PMs revidaram e Sady foi baleado no peito. Ele foi levado ao Hospital Cajuru, de onde foi liberado pouco depois do meio-dia. João e Luiz foram detidos e levados ao 1.º Distrito Policial (Centro). Com eles, os policiais recuperaram todo o dinheiro roubado e apreenderam duas armas, um revólver calibre 38 e uma pistola 380, ambas em situação regular.
Jorge alegou que apenas tinha ido buscar os dois amigos, que pediram uma carona. Ele já esteve preso, durante seis anos e nove meses, por estelionato, ocorrido em 1994, em Santa Catarina.
O detido contou que já pagou sua pena e há oito meses saiu da Colônia Penal Agrícola. João já passou 25 anos preso por roubo e furto. Morador em Piraquara, ele disse que, atualmente, estava sob liberdade condicional.
Sady é foragido do sistema penitenciário e, segundo levantaram os policiais, deveria estar cumprindo pena por latrocínio (roubo com morte). Por seu estado de saúde, seria encaminhado ao Complexo Médico Penal.
João disse que conheceu Sady na penitenciária e, ao se reencontrarem na rua, foi convidado a praticar o roubo.
A polícia acredita que o assalto foi planejado e que os bandidos tiveram informações privilegiadas do estabelecimento.
Mandado
No fim da tarde, a mulher de Sady, Rosemar da Costa, foi até a delegacia tomar conhecimento do que havia acontecido e retirar o veículo Siena utilizado no roubo. Porém, ao identificar-se, os policiais descobriram que havia um mandado de prisão contra ela por estelionato. Ela foi encaminhada à Delegacia de Vigilância e Captura.