Foto: Evandro Monteiro/Tribuna

Estabelecimento voltou a funcionar já na parte da tarde.

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A família da gerente de uma joalheria ficou oito horas na mira de pistolas e revólveres empunhados por assaltantes.

A ação dos marginais começou no Campo Comprido por volta das 21h30 de quarta-feira, e só terminou às 5h30 de ontem, no centro da cidade. As vítimas foram liberadas e a loja ficou sem produtos. Poucas horas depois, policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) divulgaram o retrato falado dos integrantes da quadrilha. A joalheria não divulgou o valor do roubo.

Quando a gerente chegou a sua casa no Campo Comprido, encontrou cinco homens armados com pistolas e revólveres e seu marido e seu filho amarrados, sob a mira das armas. Segundo informações, os marginais chegaram em uma Ipanema de cor escura.

A gerente foi obrigada a acompanhar, com seu Vectra azul, três dos marginais até a joalheria, na Rua Comendador Araújo, esquina com a Visconde do Rio Branco, no centro da cidade, já de madrugada. Enquanto isso, dois integrantes do bando ficaram vigiando a família.

Limpa

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Na joalheiria, os marginais fizeram a ?limpa?, apanhando jóias e relógios que estavam no mostruário e na vitrine.

Eles ainda obrigaram a gerente a abrir o cofre, de onde retiraram jóias e dinheiro.

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Os assaltantes permaneceram no estabelecimento cerca de 20 minutos. Às 5h30 os bandidos fugiram, deixando a mulher amarrada na cozinha da loja. Simultaneamente, seu marido e seu filho foram liberados.

O trio que estava na joalheiria fugiu com o carro da gerente, que foi abandonado no bairro Mercês e localizado pela polícia às 11h30 de ontem. Os dois que estavam na casa escaparam com a Ipanema.

Câmara

O delegado Miguel Stadler, titular do Cope, informou que, na madrugada de ontem, as câmaras de segurança da agência da Caixa Econômica Federal, instaladas na Rua Comendador Araújo, esquina com a Visconde de Nacar, foram retiradas. ?Acreditamos que seja um fato isolado, já que isso ocorreu outras vezes naquela região. Mas vamos investigar se tem alguma ligação com o roubo da joalheria?, salientou o delegado.

Suspeita de reincidência

O delegado Miguel Stadler disse que as investigações estão adiantadas e em breve poderá ter resultados positivos. Ontem, foi divulgado o retrato falado dos marginais, que também irão ajudar no trabalho policial. Um dos marginais, que aparenta ter entre 22 e 24 anos, olhos verdes e cabelos castanho-claros, é semelhante ao homem que teria participado de um assalto contra um apartamento no Batel, em agosto de 2004. Porém, a polícia não tem certeza se se trata da mesma pessoa. O assaltante com barba foi descrito como o mais agitado do grupo e usava muitas gírias para falar, segundo o delegado. Quem tiver alguma informação sobre qualquer um dos integrantes da quadrilha, pode entrar em contato com o Cope, pelo telefone 3284-6562.