Os assassinos do ex-presidiário Flávio Novack de Almeida, 20 anos, voltaram ao local onde executaram o rapaz para “registrar” o crime. Encapuzados, eles fotografaram o corpo e sumiram.

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O corpo foi encontrado por volta das 7h de ontem, no Parque São Jorge, em Almirante Tamandaré. Praticamente no mesmo horário, o guincheiro Benedito Ademir Cardoso, 38, foi assassinado na Vila Monte Rey, naquele município. Não há relação entre os crimes.

Flávio era conhecido por “Tanaka”. Moradores contaram ao cabo Carreira e ao soldado Cleverson, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, que, por volta de 19h de quarta-feira, dois homens armados entraram pelo corredor ao lado de uma casa da Avenida São Jorge e ouviram muitos tiros. Foram pelo menos 30 disparos.

Conforme o relato dos vizinhos à PM, no início da madrugada, os homens voltaram encapuzados e foram até os fundos do terreno. Lá, tiraram fotos e saíram. “Ninguém entendeu nada, até que o dia clareou e o corpo do rapaz foi encontrado nos fundos de uma construção”, explicou Carreira.

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Aluguel

Segundo o PM, “Tanaka” estava em liberdade há apenas uma semana e a principal hipótese é que tenha sido morto por assassinos de aluguel. Supostamente, o mandante do crime não ficou sabendo nada sobre o homicídio, e desconfiou que matadores não tivessem cumprido a missão.

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“Por esse motivo, eles voltaram para fotografar o morto. Recolhemos várias cápsulas calibre 40. Vários tiros acertaram a casa e o chão, ao lado do corpo”, explicou Carreira.

A delegacia de Almirante Tamandaré não descarta a possibilidade de “Tanaka” ter sido executado por conta de desavença durante o tempo em que ficou preso, ou um acerto de contas.