Walter Alves |
Cerca de 40 policiais cercaram a agência e os bandidos foram presos sem reagir. |
Faltava poucos minutos para encerrar o expediente bancário quando os três homens passaram pela porta giratória (que detecta metais) , armados com duas pistolas e um revólver calibre 38. De acordo com informações da Polícia Militar, o sistema não estava funcionando. Em seguida, um dos marginais se dirigiu ao vigilante, tomou sua arma, um revólver calibre 38, retirou os projéteis e ordenou que ele permanecesse no mesmo lugar, para não levantar suspeitas. Depois os bandidos anunciaram o roubo e ordenaram que as 25 pessoas que estavam na agência, entre clientes e funcionários permanecessem quietas e não reagissem. Além de limpar os caixas, os bandidos tomaram as carteiras de dinheiro das vítimas e telefones celulares.
Para azar dos marginais, uma vendedora de seguros que estava chegando no banco desconfiou da situação e acionou a Polícia Militar. A primeira viatura a chegar foi do RPMont Ä Regimento de Polícia Montada e na seqüência chegaram várias da Rone Ä Ronda Ostensiva de Policiamento, do Choque e de outras companhias da PM. Também estiveram no local policiais civis do Cope e da Delegacia de Furtos e Roubos.
Quando perceberam que estavam totalmente cercados, os assaltantes resolveram se entregar. Antes de deixar o banco, um deles telefonou para a Central de Emergência da Polícia Militar e avisou para não atirarem que iriam se entregar e em seguida saíram da agência com as mãos para cima. Os marginais foram algemados, levados para dentro do banco novamente e depois deixaram o local um de cada vez, sendo colocados em viaturas diferentes e conduzidos ao Cope.
Para evitar maiores transtornos, viaturas da Polícia Militar trancaram parte da Rua XV de Novembro e o trânsito foi desviado por uma quadra. Vários curiosos se aglomeraram próximo ao banco para ver o que acontecia, mas nenhum incidente foi registrado.
Investigações
O delegado Vinícius Augustus de Carvalho, do Cope, disse que iria interrogar os presos no início da noite de ontem. Ele quer saber quem são os comparsas que aguardavam nas proximidades do banco e o nome dos outros envolvidos. “Ainda não conversamos com os presos, mas sabemos que em um assalto contra banco alguns marginais entram e pelo menos um fica do lado de fora, para dar cobertura á fuga”, comentou. Ele disse que também irá verificar se os detidos possuem passagens pela polícia e se praticaram outros crimes em Curitiba. “A única coisa que apuramos até o momento, é que o Jacinto saiu da Polícia Militar há aproximadamente um ano e meio, não sabemos se ele pediu baixa ou foi exonerado e que todos são de Curitiba”, salientou Vínicius.