Foto: Anderson Tozato/Tribuna
Quem não fugiu reclama
das condições da cadeia.

O arrebatamento de presas ocorrido na noite de sexta-feira em Quatro Barras iria ser ?estendido? ao 9.º Distrito Policial (Santa Quitéria). Ontem, a presa Juliane Rodrigues dos Santos, detida por assalto, foi transferida para a penitenciária de Piraquara. Segundo o superintendente do distrito, Jahfar Sadek, ela estaria na lista das que seriam arrebatadas.

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O superintendente disse que Jaqueline comentou que é amiga das detentas que conseguiram fugir e que também seria resgatada da cadeia. Segundo a presa comentou, os bandidos estariam ligados ao PCC paulista, facção criminosa que age em presídios e é responsável por homicídios e fugas. Diante da ameaça, foi pedida a transferência de Jaqueline.

Fuga

Até o fim da tarde de ontem, nenhuma das foragidas de Quatro Barras, havia sido recapturada. Por volta das 22h de sexta-feira, homens armados retiraram três mulheres acusadas de tráfico de drogas, que estavam detidas na carceragem da delegacia de Quatro Barras. A delegacia ainda investiga como os bandidos entraram no prédio para resgatar as detentas.

Devido ao tumulto na cadeia, eles fizeram ?chamada? para localizar Cris Sanderlange de Araújo, Najara Silva Felix e Rosana Andrade de Souza. Aproveitaram para fugir Claudinéia Neves, detida por assalto, Marta Felipe de Souza, por furto, Rosemeire Martins, também por furto, e Silvana Marins Neves, por tráfico. Outras duas mulheres também fugiram, mas foram recapturadas em seguida.

Desespero

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Quem ficou na cadeia reclamou das condições em que vivem. As detentas contaram que falta comida, remédios e tratamento. ?Temos uma mulher grávida aqui e ela não pode consultar um médico?, reclamou uma das internas, que não quis se identificar. De acordo com ela e suas companheiras de cela, se a família não leva alimentos elas passam fome.

A situação é parcialmente explicada pela falta de estrutura da delegacia. Sem policiais suficientes para manter esquema de escala, há grande dificuldade para levar presas ao médico ou em audiências judiciais.

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