O arrebatamento de presas ocorrido na noite de sexta-feira em Quatro Barras iria ser ?estendido? ao 9.º Distrito Policial (Santa Quitéria). Ontem, a presa Juliane Rodrigues dos Santos, detida por assalto, foi transferida para a penitenciária de Piraquara. Segundo o superintendente do distrito, Jahfar Sadek, ela estaria na lista das que seriam arrebatadas.
O superintendente disse que Jaqueline comentou que é amiga das detentas que conseguiram fugir e que também seria resgatada da cadeia. Segundo a presa comentou, os bandidos estariam ligados ao PCC paulista, facção criminosa que age em presídios e é responsável por homicídios e fugas. Diante da ameaça, foi pedida a transferência de Jaqueline.
Fuga
Até o fim da tarde de ontem, nenhuma das foragidas de Quatro Barras, havia sido recapturada. Por volta das 22h de sexta-feira, homens armados retiraram três mulheres acusadas de tráfico de drogas, que estavam detidas na carceragem da delegacia de Quatro Barras. A delegacia ainda investiga como os bandidos entraram no prédio para resgatar as detentas.
Devido ao tumulto na cadeia, eles fizeram ?chamada? para localizar Cris Sanderlange de Araújo, Najara Silva Felix e Rosana Andrade de Souza. Aproveitaram para fugir Claudinéia Neves, detida por assalto, Marta Felipe de Souza, por furto, Rosemeire Martins, também por furto, e Silvana Marins Neves, por tráfico. Outras duas mulheres também fugiram, mas foram recapturadas em seguida.
Desespero
Quem ficou na cadeia reclamou das condições em que vivem. As detentas contaram que falta comida, remédios e tratamento. ?Temos uma mulher grávida aqui e ela não pode consultar um médico?, reclamou uma das internas, que não quis se identificar. De acordo com ela e suas companheiras de cela, se a família não leva alimentos elas passam fome.
A situação é parcialmente explicada pela falta de estrutura da delegacia. Sem policiais suficientes para manter esquema de escala, há grande dificuldade para levar presas ao médico ou em audiências judiciais.