As calças arrancadas e jogadas longe do corpo indicam que ladrões teriam sido os assassinos de Otacílio Borba Neto, 51 anos. O crime ocorreu na madrugada de ontem, mas somente às 8h um morador acionou a polícia, ao encontrar o cadáver, num barranco junto à Rua Miguel Piencassi, Jardim Ana Rosa, Colombo.
Otacílio era cliente assíduo de botecos do Jardim Santa Teresa, onde morava, e do vizinho bairro Ana Rosa. Embora seu itinerário na noite de quarta-feira seja incerto, a delegacia de Colombo acredita que ele estivesse num desses estabelecimentos.
Vizinhos confirmaram ter ouvido gritos durante a madrugada, mas ninguém avisou a polícia, pois essa situação é normal na região, assim como disparos de armas de fogo. Otacílio apresentava profundos ferimentos na cabeça, causados pelas pedras tingidas de sangue espalhadas no cenário no assassinato. Um estilete quebrado, também recolhido pela Polícia Científica, teria sido a outra arma do crime.
Pistas
A principal pista estava a 100 metros do corpo: a calça de Otacílio, reconhecida por parentes. “Há vestígios de que ela foi arrancada, depois que a vítima morreu. Provavelmente o objetivo dos autores era roubar”, disse o investigador Fernando Lima, da delegacia de Colombo, lembrando que a carteira de Otacílio não foi encontrada.
O policial suspeita que a vítima carregava alguma quantia e os assassinos viram o dinheiro ou ficaram sabendo dele. Decidiram matá-lo e, sem conseguir retirar a carteira do bolso com a roupa no corpo, o despiram. “Se houvesse uma briga comum, os autores não perderiam tempo arrancando as calças da vítima”, afirmou o investigador. As botas e a cinta arrebentada, caídas perto do corpo, comprovam a hipótese levantada pela polícia.
O próximo passo da investigação é descobrir o último bar em que Otacílio esteve. “Proprietário e clientes poderão informar se ele mostrou dinheiro e com quem saiu”, espera Lima. Qualquer informação que auxilie o trabalho polícial pode ser dada pelo telefone 656-3498.
