Intitulando-se supervisor da Ecovia e sargento da Polícia Militar, Sebastião Lázaro da Silva Júnior, 46 anos, estava aplicando o golpe do emprego. Ele foi preso em flagrante por volta das 14h de ontem em frente ao 17.º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Costeira, em São José dos Pinhais, onde tinha marcado um encontro com as vítimas. Sebastião foi conduzido à delegacia local e autuado em flagrante por estelionato.
Duas mulheres conheceram Sebastião através de um colega e marcaram o primeiro encontro para segunda-feira. Segundo as duas mulheres, o espertalhão contou que trabalhava na Ecovia e poderia arrumar serviço na empresa para as duas, mas para poder segurar a vaga as pretendentes ao emprego deveriam pagar R$ 40,00 cada. Elas entregaram parte do dinheiro e marcaram um novo encontro com o “futuro chefe”, que escolheu as proximidades do batalhão para acertar os detalhes do falso emprego.
Desmascarado
Para azar de Sebastião, ele se atrasou para a suposta entrevista com as pretendentes. Cansadas de esperar, as duas mulheres resolveram ir até o batalhão e pedir informações com o sargento. Como não havia nenhum oficial como o descrito pelas vítimas, os policiais desconfiaram. As mulheres contaram o que tinha acontecido e assim que Sebastião desembarcou do ônibus recebeu voz de prisão do cabo Schiling e soldado Cason.
O cabo Schiling acredita que outras pessoas foram lesadas por Sebastião. “Desta vez não deu certo porque ele subestimou a polícia, tentando concretizar o golpe em frente ao batalhão e acabou sendo preso”, relatou o policial.
Versão
Sebastião alegou que estava desempregado e por isso aplicou os golpes. “Achei que poderia garantir um troco enquanto não arrumo um emprego”, justificou, dizendo que não é bandido e só lesou as pessoas por necessidade. “Se eu fosse bandido não ia marcar com as moças em frente ao quartel. Só aí dá para ver que não tenho experiência”, argumentou. Ele confirma que lesou apenas três pessoas. “Só ganhei R$ 120,00. Tive a idéia há pouco tempo e a polícia já me pegou. O jeito é pagar pelo que fiz”, acrescentou.