O que salvou a vida de Osvaldo Pereira Neves, 39 anos, baleado por um delegado da Polícia Federal após assaltá-lo, na quinta-feira da semana passada, foram os objetos roubados que estavam no bolso da camisa. Ele levou um tiro exatamente uma semana depois de, praticamente no mesmo horário, ter matado um rapaz em tentativa de roubo, na Avenida Sete de Setembro. Segundo o delegado Rubens Recalcatti, da Divisão de Crimes contra o Patrimônio, Osvaldo também é autor do assassinato de Thiago Rodrigues, 28, no dia 22 do mês passado.
O resultado do exame de balística do revólver apreendido com Osvaldo ficou pronto na tarde de ontem e comprovou que o projétil que estava no corpo de Thiago partiu daquela arma.
O homem foi reconhecido pela sogra da vítima, que estava junto no dia. Osvaldo usava tornozeleira eletrônica para monitoramento de presos do regime semiaberto e o trajeto indicado pelo equipamento comprova que ele esteve no local e na hora do crime. Conforme o delegado, a última prova que a polícia aguarda é o resultado do exame de DNA do tênis encontrado próximo à área onde Thiago foi alvejado.
Recalcatti disse que, não fossem os objetos no bolso de Osvaldo, as chances de ele não sobreviver ao tiro no peito seriam muito maiores. Ele segue internado no Hospital Evangélico, mas não corre risco de morrer. Assim que receber alta, Osvaldo deve prestar depoimento.
Outros
Depois que o suspeito foi baleado, outra vítima de assalto foi à DFR e o reconheceu como o autor do crime. Osvaldo estava em liberdade condicional após ser condenado por roubo. Também já foi preso por receptação, estelionato e formação de quadrilha. Ele foi liberado em 27 de dezembro e estaria morando no Sítio Cercado. Porém, moradores do centro relataram à reportagem da Tribuna, no dia em que ele foi baleado pelo delegado da PF, que o suspeito vinha agindo na região há algum tempo.