Foto: Fábio Alexandre

Osmir queria ?dominar? a área e teria se envolvido em outra briga no mês passado.

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Briga entre presos da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP) resultou na morte de um interno e deixou quatro feridos durante a manhã de ontem. A confusão começou por volta das 9h30, quando detentos da sexta galeria saíam para o banho de sol no pátio do solário. Atingido por vários golpes de estoque (arma improvisada), Osmir Aparecido Correia Cruz, conhecido como ?Pantera?, 46 anos, foi a única vítima fatal. Os feridos foram encaminhados à enfermaria.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, assim que começou a briga, policiais do Batalhão da Polícia de Guarda (BPGd) -responsáveis pela segurança no complexo – e agentes penitenciários foram até o local para restabelecer a ordem, com armas de bala de borracha. Funcionários do estabelecimento penal, que receberam ordens de impedir o acesso de órgãos da imprensa, relataram que mais de 50 disparos foram efetuados para dispersar os envolvidos e acabar com a briga. ?Ninguém ficou ferido na ação policial e a intervenção evitou o linchamento dos quatro detentos?, explicou o capitão Medeiros, comandante da 2.ª Companhia do BPGd. Após a briga, policiais da Companhia de Choque realizaram operação pente-fino nas galerias.

Sangue-ruim

?Pantera? era condenado a 62 anos e 2 meses de reclusão por homicídio, latrocínio (roubo com morte) e dois roubos.

De acordo com a polícia, o bandido já havia cumprido quase oito anos da pena. Em seu histórico como detento, ele acumulava doze faltas, que vão desde fuga, participação em rebelião, ameaça de morte a agentes penitenciários, danificação de patrimônio público e utilização de instrumentos que podem causar ferimentos.

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Segundo a polícia, ?Pantera? teria participado da rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE), em 2000, quando três presos foram decapitados. Sua ?função? no levante era circular pelo complexo segurando e mostrando as cabeças para intimidar os outros presidiários.

Rivalidade e vingança seriam os motivos

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Comentários extra-oficiais na penitenciária eram que o motivo da briga seria a disputa entre grupos rivais. ?Pantera? e os quatro feridos fariam parte de um grupo criminoso, que se auto-intitula Primeiro Comando do Paraná (PCP), e tentavam implantar uma nova força no sistema. A polícia, porém, não confirma essas informações e explicou que os motivos da briga serão apurados mediante inquérito instaurado na delegacia de Piraquara.

No início do mês passado, dois presos da PEP também foram assassinados a golpes de estoque. Gilberto Rodrigues Bozza, 36 anos, e Lindomar Tibes, 26, foram cercados por quatro detentos no pátio de convivência, durante o banho de sol. ?Pantera? e os feridos teriam envolvimento com essas mortes, porém a informação não foi confirmada pela polícia.