Pelo menos seis homens fortemente armados assaltaram a agência do Banco do Brasil, na Rua Albano Müller esquina com a Rua Bandeirantes, no centro de Matinhos (litoral do Estado). O grupo seqüestrou o gerente, a tesoureira e as famílias de ambos. As vítimas ficaram mais de doze horas em poder dos marginais e só foram liberadas após os quadrilheiros retirarem o dinheiro do cofre. O valor não foi divulgado.
O gerente chegava em sua casa, por volta das 19h de terça-feira, quando foi rendido pelo sexteto. Ao encostar o carro na garagem, os marginais ordenaram que ele entrasse na moradia. Em seguida, dominaram sua mulher e seu filho. Uma hora depois, parte dos marginais embarcou no carro, junto com o gerente, e o restante ficou vigiando sua mulher e seu filho. Eles se dirigiram até a casa da tesoureira, que fica mais afastada da área central. Assim que o carro encostou em frente a moradia, a mulher saiu para atender. Ela foi dominada. Na seqüência invadiram a casa dela, renderam sua mãe, seu filho e até o vizinho que estava na residência. Todos foram levados no carro da tesoureira para a casa do gerente. Lá as sete vítimas passaram a noite com armas apontadas para suas cabeças.
Roubo
Por volta das 7h30 de ontem, alguns bandidos foram até o banco, enquanto outros ficaram rendendo os familiares dos bancários, avisando que, se algo desse errado, iriam matar os reféns. O gerente abriu a porta da frente do banco e a tesoureira foi obrigada a abrir o cofre. Os quadrilheiros permaneceram por cerca de 40 minutos no interior da agência. Após apanharem o dinheiro e fugiram no carro das vítimas, mas abandonaram os veículos a uma quadra da agência. Em questão de segundos, todos os marginais desapareceram, levando também as fitas de video do sistema de segurança do banco.
Investigações
O caso está sendo investigado pela delegacia de Matinhos e há informações de que um grupo especial de Curitiba também está envolvido nas diligências. Até a noite de ontem não tinham sido apuradas pistas dos criminosos. A única coisa que a polícia sabe é que se trata de uma quadrilha bem organizada, que provavelmente já fez assaltos semalhantes em outras cidades. Não está descartada a possibilidade do grupo fazer parte de alguma facção criminosa com liderança em presídios.