A problemática linha de ônibus intermunicipal Jardim Holandês contabilizou mais uma vítima, às 8h10 de ontem. Perto do ponto final, na Rua Betonex, em Piraquara, dois assaltantes tomaram R$ 10 da cobradora e balearam o motorista Juarez Pereira da Silva, 33 anos. Ele foi internado no Hospital Cajuru com a bala alojada no queixo.
Os ladrões, que aparentavam ter menos de 18 anos, acharam pouca a quantia fornecida pela cobradora Claudinéia e atiraram duas vezes dentro do coletivo da Viação Expresso Azul, possivelmente com um revólver calibre 32. Um dos disparos acertou o teto e o outro, o queixo do motorista. Populares providenciaram o transporte de Juarez, até encontrarem o Siate no meio do caminho. A vítima falava e caminhava normalmente, e não teve nenhuma região vital afetada. A dupla de assaltantes fugiu com o dinheiro e não foi identificada.
Área crítica
Proporcionalmente, as empresas Expresso Azul e Piraquara, que operam as linhas metropolitanas entre Curitiba, Pinhais e Piraquara, são das mais visadas por criminosos. Entre janeiro e junho deste ano, o Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba) registrou 124 roubos, somando-se as duas companhias. “Geralmente são as mesmas linhas, como Jardim Holandês, Vila Nova e Jardim Cláudia. Os funcionários têm medo de trabalhar nesses locais”, disse o responsável pelo setor de assaltos do sindicato, Júnior Franco Mikulski. As campeãs de roubos são a Carmo e a Viação Curitiba, que ostentam frota bem maior que a Expresso Azul e a Piraquara.
No cômputo geral, uma boa notícia: o número de assaltos em Curitiba e Região Metropolitana caiu de 457 em maio para 297 em junho – uma redução de 35%. “A P-2 (Serviço Reservado da Polícia Militar) aumentou o efetivo à paisana dentro dos ônibus. Isso deve ter contribuído para reduzir o índice”, disse Júnior.