Duas gangues travaram uma batalha domingo à noite, em Pinhais, e foram pivôs de um estúpido assassinato. A estudante Camila do Prado, 13 anos, foi atingida no braço e no peito por uma bala perdida, depois de um entrevero iniciado em frente a uma casa noturna, e morreu horas depois no hospital. O crime é atribuído ao famigerado “Cincão”, suspeito de cometer outros dois homicídios.

O confronto armado entre os grupos começou do lado de fora de uma danceteria na Avenida João Leopoldo Jacomel, Vila Perneta, às 23h30. Um dos participantes da briga seria “Cincão”, que veio há pouco tempo de Foz do Iguaçu e estaria aterrorizando a cidade. Ao redor, freqüentadores da casa noturna e transeuntes tentavam se proteger da chuva de chumbo. Camila, uma das pessoas que estava na rua, levou um tiro que entrou pelo braço e se alojou no coração. Socorrida por populares, a menina morreu à 1h30, no Hospital Cajuru.

Homicídios

“Testemunhas afirmam que a bala que atingiu a vítima partiu da arma de `Cincão’, disse o delegado Jorge Luiz Wolker, da DP de Pinhais, confirmando que a garota nada tinha a ver com a confusão. O tio dela, interrogado ontem de manhã por Wolker, não soube dizer o que a menina fazia àquela hora na rua.

Segundo o delegado, “Cincão” prometeu através de um advogado que se apresentará esta semana à polícia. Ele é o principal suspeito das mortes de José Aparecido da Silva e de Eduardo da Silva Ferreira – esta última ocorrida às 3h de domingo, na mesma Vila Perneta. Horas depois, a Polícia Militar encontrou 16 kg de maconha e prendeu quatro pessoas na casa em que morava o acusado, que continua foragido. “Assim que descobrirmos seu nome completo, vamos levantar a ficha do `Cincão’ em Foz do Iguaçu. Vou pedir a prisão preventiva dele”, afirmou Wolker.

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