Moradores do Bairro Alto, em Curitiba, reclamam que os arrombamentos viraram rotina. Só no último fim de semana, uma casa chegou a ser invadida duas vezes. Cansados da situação, pedem reforço policial na região. Dados da Polícia Militar registram 148 violações de domicílio no primeiro semestre deste ano no bairro.
Rosane Fortes Pereira afirma que a situação no bairro está insuportável. A sua casa foi invadida na noite de sexta-feira para sábado e os ladrões levaram uma televisão, um videogame e o rádio do carro. No final de semana passado, os marginais voltaram e levaram o computador.
Os vizinhos da rua também contam histórias parecidas. Jucimara do Prado Rosa, 36 anos, diz que a casa já foi arrombada seis vezes. “Uma vez em cada três meses. O prejuízo deve passar de R$ 3 mil”, reclama.
Também é comum roubo de rádio de carro, mesmo com o veículo parado em frente à casa do proprietário. Fábio Silva, 46 anos, conta que essa situação ocorreu durante uma festa de família e se repetiu com outras pessoas. Na lista, os moradores incluem ainda roubo de fiações elétricas e outros materiais da casa em construção na rua.
Mas além dos freqüentes roubos, Rosane diz que também estão com medo de chegar em casa durante a noite. “Às vezes, a minha filha dá a volta na quadra e liga para alguém dar apoio para ela entrar na garagem”, comenta Rosane. A rua onde mora é sem saída. Também é comum a presença de estranhos fumando maconha no local. “Antes de sair de casa também vamos até a varanda para verificar se não há ninguém suspeito nos arredores”, revela.
Fábio Silva, outro morador do bairro, comenta que na madrugada da segunda-feira passada havia duas pessoas estranhas paradas na rua. “A minha esposa chegou a ficar em pânico”, lembra. Para ele, o bairro precisa de reforço policial. O Bairro Alto é atendido pelo Regimento de Polícia Montada. “Sempre que chamamos, os policiais vêm. Mas demoram muito”, reclama.