Autor de homicídio preso com crack

Quase sete meses depois de assassinar um rapaz no Bairro Alto, Alisson de Oliveira Boeing, o "Palmeirense", 21 anos, foi preso por policiais militares portando 128 pedras de crack e uma pequena quantidade de maconha. Ele confessou ser o autor do homicídio. Quanto à droga, disse ter sido contratado por um desconhecido para buscá-la no Jardim Holandês, em Piraquara. Pelo "serviço" iria ganhar R$ 100,00. "Me ligaram e perguntaram se eu queria ganhar um troco. Estava precisando de dinheiro e aceitei. Falaram para eu pegar a droga em uma casa, em Piraquara. Depois alguém iria buscar. Além do dinheiro, eu iria ficar com um pouco para meu uso", confessou, alegando não saber o nome de quem lhe entregou o entorpecente nem quem  iria buscá-lo.

O preso negou que trabalha para os "patrões do tráfico" do bairro, que teria como um dos líderes o "Raposão", ou para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Os dois grupos são responsáveis por inúmeros homicídios ocorridos na região e dominam o tráfico no Bairro Alto.

Assassinato

O repositor de mercadorias Geovani Neto, 21 anos, foi assassinado às 7h45 do dia 18 de abril deste ano, quando chegava para trabalhar em um mercado, situado na Rua Sebastião Alves Ferreira, Bairro Alto. O jovem havia acabado de chegar ao trabalho, quando dois homens de motocicleta CG-125 foram em sua direção. Geovani tentou se refugiar entre as prateleiras, mas um dos criminosos disparou três tiros na direção dele. Dois acertaram a cabeça e as costas de Geovani, que morreu no local.

Testemunhas anotaram a placa da motocicleta e repassaram à polícia. Pouco depois, o autor foi identificado como sendo Alisson e seu acompanhante seria o dono da motocicleta, chamado Reinaldo.

Ao ser preso, Alisson confessou o crime, mas negou que estivesse acompanhado de Reinaldo. Ele alegou que pegou a motocicleta do amigo e foi até o mercado para matar Geovani, por causa de uma garota.

Justiça

Familiares de Geovani ficaram felizes com a prisão de Alisson, mas afirmam que querem Justiça. "Só ficaremos tranqüilos quando o mandante do crime for preso", salientou a irmã da vítima, Aline. Ela disse que apesar de Alisson confirmar ser o autor da morte, está omitindo o verdadeiro motivo e o nome do mandante. "Meu irmão namorou esta garota (que seria a pivô do crime) durante oito meses e depois terminou o relacionamento. Posteriormente começou a namorar outra garota e comprou uma motocicleta. Os dois sempre passeavam juntos. Os dois iriam casar", salientou Aline. "Inclusive, ela estava grávida quando meu irmão foi assassinado. Hoje o bebê tem cinco meses", relatou.

Segundo Aline, a outra adolescente não se conformava em ver seu irmão feliz com outra mulher.

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