Insegurança

Aumento no roubo de cargas cresce em Curitiba

Empresas e transportadoras estão preocupadas com a quantidade de roubos de cargas em Curitiba e Região Metropolitana. De acordo com a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas da capital, em média foram registrados 18 roubos de cargas por mês, neste ano. O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar) informa que os crimes vem aumentando desde o ano passado. “Em 2012 intensificou ainda mais”, relata o presidente da entidade, Gilberto Cantú.

A rede de lojas Havan, diante dos cinco roubos de cargas sofridos neste ano somente nos contornos rodoviários da capital, enviou uma carta ao governo do Estado pedindo providências. No documento, o diretor-presidente da Havan, Luciano Hang, conta que os criminosos aproveitam a redução da velocidade dos caminhões em lombadas eletrônicas para agir. O motorista é mantido em cativeiro enquanto os criminosos retiram a carga. A Havan adotou uma série de medidas, como só circular durante o dia, para tentar evitar as abordagens.

O delegado titular da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, Cassiano Aufiero, explica que as quadrilhas atuam com base em informações que recebem sobre o tipo de carga e horário. “Geralmente, as informações partem das próprias empresas. Não é aleatório”, afirma.

A saída é a inteligência policial, o que está ocorrendo, de acordo com o delegado. Já foram sanados problemas com o roubo de cargas de cigarros e combustíveis. O único tipo de carga que vem apresentado uma certa repetição é a de bebidas, revela Aufiero. A maioria dos casos vai depender do que o receptador encomendou. “Temos conseguido resultados com a colaboração das empresas vítimas. Muitas não registram ou até fazem o boletim de ocorrência, mas não levam adiante. É importante as empresas investirem em segurança, com câmeras, que nos ajudam a identificar os criminosos”, comenta o delegado. De acordo com ele, a delegacia conseguiu recuperar seis das 18 cargas roubadas em março.

Esconderijos

O inspetor Anthony Nascimento, chefe da delegacia metropolitana de Curitiba da Polícia Rodoviária Federal (PRF), conta que na região no Contorno Leste (BR-116) há muitas áreas onde os caminhões podem ser escondidos. “A BR-116 é um problema por si só. Também há muitos casos na divisa de estados, incluindo a atuação de quadrilhas de outros lugares aqui no Paraná”, ressalta. A PRF não tem registro de roubos de cargas no Contorno Sul, mas isto não significa que os crimes não ocorram, já que as comunicações não são repassadas na totalidade para a PRF.

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