Os auditores fiscais do Trabalho fizeram, ontem pela manhã, uma manifestação em frente ao Partido Progressista Brasileiro (PPB), antigo PDS. Os servidores pedem a exoneração do delegado do Trabalho, Celso Costa, afastado do cargo no dia 24 de setembro por suspeita de envolvimento em irregularidades no município de Londrina. O local para manifestação foi escolhido em função de o partido ter indicado o nome de Costa para o cargo.
A Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho ingressará ainda essa semana com uma ação popular na Justiça Federal pedindo a anulação da portaria do ministro do Trabalho e Emprego, Paulo Jobim Filho, que afastou o delegado. “Ele foi afastado e preso, mas continua recebendo seu salário, enquanto as investigações estão sendo feitas. Não achamos justa essa situação e queremos que ele e sua equipe sejam exonerados”, disse o presidente da associação, Luiz Felipe Bergamann.
Os servidores também querem o afastamento do delegado substituto, Carlos Alberto Klamas, do chefe da fiscalização, Luiz Carlos Ramina, e do assessor de imprensa Luiz Alberto Paixão, que segundo os auditores, continuam adotando as mesmas práticas irregulares dentro da Delegacia do Trabalho.
Celso Costa foi preso for envolvimento no escândalo de desvio de dinheiro da Companhia Municipal de Urbanização (Comurb) de Londrina. A empresa dele (Celta System) ganhou uma concorrência forjada e o software de gerenciamento de multas, objeto da contratação, jamais foi entregue a Comurb.