Os dois acusados do homicídio caíram
em contradição durante o interrogatório.

Começou às 10h30 de ontem e deverá se estender até a madrugada de hoje o julgamento dos dois garotos de programa acusados de matar o cônsul de Portugal, Miguel José Fawor. Ele foi assassinado em março de 2000, dentro da residência oficial, no Batel, e teve o corpo jogado na Serra do Mar. Walter Machado Soares, 27 anos, foi o primeiro a ser interrogado pelo juiz Fernando Ferreira de Moraes. Ele assumiu a autoria do crime e confessou ter dado uma pancada na cabeça da vítima utilizando um haltere de ginástica que havia na casa. O motivo teria sido desentendimento por conta do pagamento de programa sexual.

À tarde, Carlos Rodrigo Pereira Fraga, 22 anos, foi interrogado. Em alguns pontos os depoimentos dos dois acusados não coincidiram. Um jogou sobre o outro a responsabilidade sobre a ocultação do cadáver e a idéia de furtar objetos do cônsul para simular assalto.

As testemunhas começaram a ser ouvidas somente no final da tarde. A delegada Vanessa Alice, que presidiu o inquérito policial e efetuou a prisão de Walter e de Carlos Rodrigo, era a principal testemunha da defesa, a cargo dos advogados Nelmon da Silva Junior e Roberto Brzezinski Neto. Seriam ouvidas ainda outras dez testemunhas – mais uma pela defesa e nove arroladas pela acusação.

O promotor Celso Luiz Peixoto Ribas vai pedir a condenação dos dois garotos de programa por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e roubo. Nelmon da Silva Júnior, advogado de defesa de Walter, deverá apresentar uma “surpresa” nos debates finais, conforme adiantou à reportagem da Tribuna.

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