O sétimo dia da morte do militante Valmir Mota de Oliveira, o ?Keno?, foi lembrado em ato ecumênico pelos movimentos sociais rurais. Na ocasião, quase mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina foram reunidos. Ontem, no acampamento do campo de experimentos da Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste, além de lembrar do conflito, eles exigiram a apuração do crime.

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De acordo com o líder do MST, Celso Barbosa, o evento serviu para dizer que, apesar da perda, as ações na região não vão cessar. ?Esse momento também é uma maneira de pedir que seja resolvido. Não queremos que seja apontado quem atirou. O mais interessante para nós é saber quem mandou matar?, afirma.

Ainda segundo Barbosa, durante o ato, os movimentos reafirmaram as denúncias sobre a ação de milícias armadas, que investem contra os camponeses.

Comissão

O representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, deputado Assis do Couto (PT-PR), culpou a demora do governo federal em criar novos assentamentos.

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A Federação da Agricultura do Estado do Paraná aponta que há 86 propriedades rurais invadidas no Estado, todas com mandados de reintegração de posse. O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) também defendeu o fechamento da empresa NF Segurança, contratada pela Syngenta para prestar segurança na fazenda onde ocorreu o conflito.

O dono da NF Segurança, Nerci Freitas, já foi indiciado pela polícia no inquérito que apura as mortes por formação de quadrilha, homicídio doloso e lesões corporais. Nerci, porém, nega que a empresa sirva de fachada para a formação de milícias. O inquérito policial já ouviu 25 pessoas entre seguranças e sem terra. Sete seguranças da NF estão presos. Amanhã, 12 integrantes do MST e Via Campesina devem comparecer à polícia para o reconhecimento dos presos. Nenhum sem terra, até hoje, foi indiciado pela morte do segurança Fábio Ferreira.

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