Atentado a balas e dinamite matou uma mulher e feriu seus filhos, no final da madrugada de ontem, em uma casa do Jardim Papanduva, em Rio Branco do Sul. Rute Cardoso Vidal, 48 anos, morreu a caminho do Hospital Evangélico.

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O marido da vítima e dono da residência, Valdimir Martins Vidal, 49, foi o único que saiu ileso ao ataque. Ele ficou duas horas preso, mas foi liberado em seguida.

A polícia suspeita que Valdimir era o alvo dos criminosos e acredita que o crime esteja relacionado ao tráfico de drogas. A explosão causou danos a outras residências da Rua Manoel Bandeira.

De acordo com testemunhas, por volta das 4h30, um Astra prata, com quatro indivíduos, parou em frente à residência. Sem sair do veículo, os ocupantes deram tiros na janela do quarto do casal e jogaram a bomba na garagem. Um dos disparos matou Rute. A explosão destruiu a garagem, uma sala e um quarto. Na casa da frente, os vidros estouraram com o deslocamento de ar.

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O perito Eremi Sierakowski, do Instituto de Criminalística, informou que há risco de desabamento. Segundo Leodir Fagundes de Brito, superintendente da delegacia local, eles usaram dinamite. Na casa, dormiam Valdimir, Rute e dois filhos, de 11 e 26 anos. Os jovens se feriram com a explosão e foram socorridos pelos vizinhos. Eles foram medicados e liberados do hospital.

Carro

O Astra prata foi roubado horas antes do ataque, na Rua Dr. Satilas do Amaral Camargo, no bairro Tingui, e localizado ontem de manhã, no Bairro Alto. Nenhum vestígio de bomba foi encontrado no veículo.

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No entanto, a polícia suspeita que se trate do carro usado pelos marginais. O dono do Astra, que foi rendido pelos assaltantes e abandonado em Colombo, será ouvido no decorrer das investigações.

Fábio Alexandre
Sem sair do carro, criminosos deram tiros e, depois, jogaram dinamite na garagem da residência.

Suspeitas sobre a família

Fábio Schatzmann

A polícia acredita que o motivo seja acerto de contas. A família do homem já teve envolvimento com tráfico de drogas e cinco irmãos de Valdimir foram assassinados no município.

As informações são de que as mortes são consequência de rixa, que dura cerca de 15 anos. Além disso, Valdimir já cumpriu pena por homicídio e latrocínio (roubo com morte).

Investigadores de Rio Branco do Sul cumpriram dois mandados de prisões por homicídios durante o socorro às vítimas. O primeiro, contra Valdimir e o segundo contra seu sobrinho Eliel Machado dos Santos, 23.

“Vardo Pompilho”, como Valdimir é conhecido, foi detido por ter mandado de prisão por homicídio e formação de quadrilha em aberto e que não havia sido revogado pela Justiça. Seu sobrinho tinha mandado de 2007, por envolvimento em um homicídio ocorrido em 2004, e ficou preso.

Mandados

Segundo o superintendente Leodir os dois são suspeitos de tráfico de drogas, homicídios e formação de quadrilha. Contra Valdimir existiam seis mandados de prisão, quatro expedidos pela Comarca de Curitiba e dois pela de Rio Branco do Sul. Ele, porém, ficou somente duas horas preso, até ser liberado por habeas corpus, uma vez que os mandados de prisão fpram revogados.