A família de Márcio Cardoso, 45 anos, estava reunida quando alguém gritou seu nome, no portão de casa, por volta de 21h30 de quinta-feira, na Rua Guilherme de Souza Valente, Abranches.
Ele ficou em dúvida se atendia ou não ao chamado, já que seu filho tem o mesmo nome. Quando saiu de casa, a família escutou os tiros. Ferido na barriga e no peito, Márcio conseguiu se arrastar para dentro de casa e foi encaminhado, no carro de um vizinho, à unidade de saúde do Boa Vista, mas chegou morto.
Conforme apurado pela polícia, a vítima trabalhava na compra e venda de veículos. Policiais militares do 20.º Batalhão levantaram que o alvo dos criminosos seria o filho de Márcio. Porém, como os dois tinham desafetos, segundo relataram parentes, a Delegacia de Homicídios investiga atrás de quem os marginais estavam.
Conhecido
No boletim de ocorrência da delegacia, consta que os parentes ouviram os assassinos dizerem “chega aí”. Ao avistar o rosto de um dos suspeitos, a vítima exclamou: “eu te conheço, cara!”.
Na sequência, vieram os tiros, e Márcio retornou sangrando para casa. O vizinho da vítima viu um dos autores subir a rua correndo. Rapidamente, ele colocou Márcio em seu carro e o levou para o pronto-socorro.
Testemunhas disseram que os dois suspeitos aparentavam ter aproximadamente 1,85 metro; eram magros e bem parecidos fisicamente. Um deles vestia calça jeans e jaqueta marrom e o comparsa, calça jeans escura e blusa de lã azul.
Desafetos
Os policiais da DH apuraram que, há cerca de quatro anos, a família estava numa festa, quando um parente caiu de uma laje e morreu. Os filhos da vítima teriam acusado Márcio de ter provocado o acidente e prometeram vingança.
A polícia também investiga se o crime tem relação com um negócio malsucedido. O filho de Márcio devia para uma mulher, de quem comprou um carro. Seu pai se comprometeu a quitar a dívida, mas não conseguiu. A mulher teria ameaçado o filho da vítima caso não pagasse a quantia.