Carlos San de Souza, 23 anos, assassinado quando ia trabalhar, em Pinhais, quinta-feira à tarde, não foi vítima de ladrões e tampouco teve sua bicicleta roubada. A morte do jovem deve estar relacionada a outro motivo, que ainda é investigado pela polícia, segundo informou o superintendente da delegacia de Pinhais, Valdir Bicudo.
De acordo com o policial, no local do crime foi levantada a possibilidade de o jovem ter sido assassinado para que um indivíduo roubasse a bicicleta recém-adquirida. Entretanto, depois dos disparos, o assassino foi embora com a bicicleta velha na qual transitava. A bicicleta da vítima foi recolhida e está guardada no prédio da delegacia, com a marca de um disparo.
A hipótese de latrocínio perde força à medida que apenas o telefone celular de Carlos foi levado. Além disso, muitos tiros foram disparados contra a vítima para um crime de roubo e o assassino teria tempo de levar a outra bicicleta.
Ontem, as investigações tiveram prosseguimento, mas nenhuma informação de interesse foi obtida pelos policiais. O que motivou o assassinato de Carlos permanece um mistério.
Crime
Como fazia todos os dias, o jovem saiu de sua casa, no Cajuru, pedalando sua bicicleta com destino ao trabalho em uma empresa de esponjas de aço, em Pinhais. Na esquina das ruas Rio Tietê e Rio Iguaçu, no Jardim Weissópolis, ele foi abordado por um homem. O assassino disparou cinco vezes contra Carlos, que foi atingido por três projéteis, um deles na cabeça. A vítima teve morte instantânea e seu corpo foi recolhido ao IML de Curitiba.
Um tio da vítima compareceu à delegacia de Pinhais para a retirada da guia de necropsia e relatou que Carlos não tinha inimizades e que era um rapaz trabalhador. Companheiros de trabalho ouvidos pela polícia confirmaram a afirmação do tio de Carlos.