Dez dias depois de ser preso, César Adailton de Lima, 18 anos, conhecido como ?De Rosa?, voltou à praça onde executou Luan Carlos Gabassi, 16, na Rua Bernardo Dombrowski, Jardim Independência, em São José dos Pinhais, em 5 de junho. Algemado, César participou da reconstituição do crime, que também contou com a colaboração de sete testemunhas. Ele também é suspeito de participar do triplo homicídio, ocorrido no começo deste mês, em Piraquara.
De acordo com o superintende Altair Ferreira e a investigadora Marili Mendes, o objetivo da reconstituição foi esclarecer como aconteceu o crime, uma vez que César alegou que atirou em legítima defesa. A versão dele é diferente da das testemunhas, que garantiram que Luan não estava armado.
Motivo
Segundo as testemunhas, vítima e assassino eram conhecidos. No final de semana anterior ao crime, eles estavam numa danceteria e Luan pediu para que abaixasse o som, porque queria cantar parabéns pelo aniversário de uma amiga. César, que estaria alcoolizado, não gostou e discutiu com Luan. Os dois entraram em luta corporal. ?No mesmo dia, eles se entenderam e se deram as mãos. A gente não imaginava que depois ele viria se vingar de Luan?, contou uma das testemunhas.
César foi preso no último dia 2 junto com Tiago Felipe Pereira, 21 anos, o ?Tiaguinho?. Os dois são comparsas em vários crimes e, segundo Altair Ferreira, a dupla participou de um triplo homicídio ocorrido no dia 1.º deste mês. ?Encontramos os tênis das vítimas na casa de César e Tiago. Vamos fazer o confronto das armas encontradas com a dupla e com os projéteis encontrados no triplo homicídio?, disse Altair.
