Assassino de Wilson Bueno pode ser solto

Ainda nesta semana os advogados Matheus Almeida e Maurício Zampieri de Freitas pedirão liberdade provisória para o garoto de programa Cleverson Schmidt, 19 anos, apontado como assassino do escritor e jornalista Wilson Bueno, 61, morto em 30 de maio.

O pedido será feito com base nos requisitos legais, já que o rapaz não tem antecedente criminal, tem residência fixa, trabalhava durante o dia e estudava à noite.

Nas horas vagas é que frequentava uma sauna, na Rua Amintas de Barros, onde estava cadastrado para fazer programas. Foi ali que os dois se conheceram na sexta-feira, dois dias antes do crime.

Os defensores, contratados pela mãe de Cleverson, que mora em Fazenda Rio Grande, orientaram o rapaz a só falar em juízo e não participar da reconstituição do crime, caso seja requerida pelo delegado Silvan Pereira, titular da Delegacia de Furtos e Roubos.

Sem roubo

No entender dos defensores, Cleverson não praticou latrocínio (roubo com morte), como foi enquadrado pelo delegado. Ele levou do sobrado de Bueno dois celulares e uma máquina fotográfica para esconder provas e dificultar o trabalho da polícia.

“O que aconteceu foi um homicídio, cometido por causas que ainda vamos revelar à Justiça, com provas que já estamos colhendo”, afirmou Matheus Almeida. Aos advogados, Cleverson contou que dormiu na casa de Bueno (no Tingüi) de sexta para sábado e de sábado para domingo, quando deixou o sobrado com um cheque de R$ 130.

Mais tarde o escritor telefonou para ele dizendo que o cheque tinha sido sustado. O rapaz voltou para exigir o pagamento. Eles se desentenderam e o jovem deu uma facada no pescoço do escritor.

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