O assassino confesso do tatuador Eder Torres, 28 anos, foi apresentado ontem pela Delegacia de Homicídios. Dione Maiko de Lima de Oliveira, 19 anos, é cunhado da vítima e foi flagrado num bar, cerca de 40 minutos depois que o corpo foi encontrado, num matagal da Vila Tripa, Umbará, na manhã de terça-feira.
“Tive que eliminá-lo porque há seis anos que ele batia na minha mãe, na minha irmã e em meus sobrinhos. Um cara assim não merece viver. Não estou arrependido. Faria tudo de novo”, afirmou Dione, que trabalhava na Ceasa e não tinha passagem pela polícia. Eder era usuário de drogas e tinha, com Pamela de Oliveira, dois filhos pequenos, um deles, de quatro meses.
Faca
Na noite de segunda-feira, Dione esperou o cunhado ficar sozinho em casa e apunhalou-o no pescoço. Depois, arrastou o corpo até o matagal, onde desferiu mais golpes na vítima.
Logo depois de Eder ser encontrado, Pamela disse à imprensa que havia chegado do parque com os filhos à noite e, como não encontrou o marido em casa, foi dormir na vizinha. A mulher insistia em dizer que não havia sangue em sua casa.
Quando os policiais chegaram à residência da vítima, encontraram-na trancada com cadeado por fora e um balde com água. A delegada Camila Chies Cecconello e investigadores da DH desconfiaram que Pamela escondia a verdade, porque só ela, o marido e o cunhado, que também morava na casa, tinham a chave da porta.
Ontem, ao ser apresentado à imprensa, Dione afirmou que a irmã não sabia da sua intenção de matar o cunhado. “Ele disse que Pamela foi chamada só depois do crime para lavar o sangue derramado”, relatou a delegada Camila Chies Cecconello. Dione foi autuado em flagrante por homicídio e encaminhado ao Centro de Triagem II, em Piraquara.