A Delegacia de Homicídios (DH), solucionou o assassinato de Marcos Pontes Cordeiro, 28 anos, ocorrido em 21 de abril de 2006, na Cidade Industrial. O autor do crime, Andrio Antônio Guedes, o “Polaquinho”, foi identificado, mas não pode ser preso porque também foi assassinado, dois dias depois da morte de Marcos.

continua após a publicidade

O caso foi desvendado pelo grupo Honre (Homicídios não Resolvidos), da DH, responsável por trabalhar crimes ocorridos antes de 2008. De acordo com o inquérito policial da época, Marcos estava num bar quando alguns rapazes passaram pelo local atirando, sem acertar ninguém. Marcos saiu do estabelecimento e foi tirar satisfação com os atiradores e foi baleado.

O delegado Rubens Recalcatti, do Honre, explicou que “Polaquinho” foi apontado como o assassino e “Preá” como a pessoa que incentivou o crime. O co-autor não foi identificado e, segundo soube a polícia, desapareceu do bairro depois do crime.

Sequência

continua após a publicidade

A unidade passou a investigar o assassinato de “Polaquinho”, mas o inquérito deve de ser arquivado, por insuficiência de informações. “Faltaram mais diligências logo após o crime, laudos de perícia e outros dados. Além disso, a família não se interessou mais em procurar a polícia. Talvez porque a morte do “Polaquinho’ tenha sido um alívio no bairro. Soubemos que ele era encrenqueiro, malvisto por todos”, explicou Recalcatti.

442 inquéritos em um mês

O Honre divulgou ontem o balanço de suas ações no mês passado. Foram analisados 442 inquéritos, uma média de 14,7 por dia. Deste total, explicou o delegado Rubens Recalcatti, 34 foram concluídos e encaminhados ao Ministério Público.

continua após a publicidade

Desses, 16 tiveram a autoria identificada, o que inclui alguns suicídios que, até então, estavam classificados como “morte a apurar”. Os outros 18 não tiveram a autoria definida e terão que ser arquivados por insuficiência de informações. Foi pedido mais prazo ao MP par 213 inquéritos, ainda possíveis de ser investigados.

Dificuldades

“Não conseguimos mais encontrar as pessoas, principalmente familiares, que já mudaram de endereço. E falta muitas peças nos inquéritos, como oitivas, laudos de perícia, diligências que poderiam ter sido feitas logo após o crime. Há inquéritos que só têm o boletim de ocorrência e a guia de necropsia, nada mais”, lamentou o delegado.