Assassinato pode virar quebra-cabeça

Um suposto latrocínio ocorrido ontem à tarde no Sítio Cercado deve se transformar em quebra-cabeça para a polícia desvendar. A própria família admitiu que o roubo de objetos e dinheiro da vítima não passa de um truque dos assassinos para dissimular o crime que, na verdade, seria uma fria execução. Apurar os autores e motivos do assassinato de Jorge Felicetti, de 41 anos, é tarefa para investigadores da Delegacia de Homicídios, que ontem mesmo começaram a colher pistas no local do crime.

Felicetti morava e trabalhava no número 14 da Rua Isaac Ferreira da Cruz, com a mulher e os filhos. Na parte de baixo, uma garagem guardava os carros que o comerciante comprava batidos, em leilões, e depois revendia. Ao atender supostos interessados em comprar um desses veículos, o comerciante foi executado às 13h30 de ontem. O interfone tocou e dois homens, que ocupavam duas motos, disseram que queriam ver a Belina branca que Felicetti havia anunciado para vender. Ele mesmo abriu o portão para receber seus assassinos. Foi executado com dois tiros, ao lado do carro.

Agonizando

A mulher do comerciante ouviu o barulho dos disparos e desceu correndo para acudir Felicetti, que agonizava no chão. Foi um irmão do comerciante, que mora próximo, quem o socorreu e levou para o Hospital do Trabalhador, onde já chegou morto.

A família estava apreensiva e com medo de passar informações para a polícia. Apenas uma sobrinha de Felicetti se dispôs a conversar, pedindo para não ser identificada.

Ela contou o que sabia sobre o crime e revelou também que, no dia anterior, o comerciante estava com bastante dinheiro no bolso, provavelmente resultado de algum negócio com veículos. “Almoçamos com o tio domingo, e ele comentou que estava com uns R$ 5 mil em dinheiro, no bolso”, disse.

Pistola

Segundo ela, além do dinheiro, sumiram também o telefone celular e uma arma (pistola) que Felicetti costumava carregar consigo. “Não deve ser esse o motivo do crime. Quem matou conhecia meu tio, e não foi para roubar. Mas por enquanto não posso falar mais nada”, concluiu a moça. O aspirante Anderson, da Polícia Militar, confirmou que a PM havia sido avisada às 13h50 de que havia uma pessoa baleada naquele endereço.

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