Assassinado no meio do mato

Por causa do furto de uma motosserra, dois homens teriam sido assassinados na localidade rural de Guaricana, a mais de 30 quilômetros do centro de São José dos Pinhais. O corpo de um deles, identificado apenas como “Neguinho”, foi encontrado na tarde de quinta-feira, no meio da mata fechada. A outra suposta vítima foi achada viva pelos policiais militares, na madrugada de ontem, depois de passar horas refugiando-se no matagal.

Os policiais militares Rodes e Emmannuel, do 17.º Batalhão de Polícia Militar, foram avisados do crime às 16h de quarta-feira, por Ademir Tavares de Oliveira, 38, que saiu do mato gritando que havia dois corpos lá. O responsável pelo acionamento sumiu, mas com ajuda de um morador da vizinhança, que desconfiou de onde aconteceu o crime, os policiais encontraram apenas um homem morto, depois de meia hora de caminhada. Pela posição do corpo, “Neguinho” estava sentado, enrolando um cigarro de palha, quando foi assassinado. Ao lado do cadáver havia uma foice e duas marmitas vazias, indicando que foi morto logo após o almoço, e que estaria acompanhado. O outro corpo não foi avistado pelos PMs durante a tarde. Pela dificuldade de acesso e pelo desencontro entre PM, Instituto Médico Legal, Polícia Científica e Corpo de Bombeiros, o cadáver só foi resgatado de madrugada. Por volta das 3h, os PMs realizaram uma busca pelo matagal para encontrar o suposto segundo corpo, quando tomaram um verdadeiro susto. André Luiz de Oliveira, 21 anos, foi encontrado vivo, escondido no meio do matagal, com medo que o assassino de seu colega ainda estivesse por perto.

Testemunha

Nas proximidades da delegacia de São José dos Pinhais, os policiais localizaram uma testemunha importante do crime. Era Ademir, que contou estar roçando um terreno em companhia de “Neguinho” e André Luiz, quando apareceu um funcionário de uma fazenda vizinha, os acusando de furtar uma motosserra. O homem – identificado posteriormente como José Adir Bueno Machado, 41 -, atirou na direção deles, acertando “Neguinho”. Em seguida ele correu atrás de André Luiz, e Ademir conseguiu fugir. Por causa disso, Ademir acreditou que André também estivesse morto. Segundo o superintendente da delegacia local, Altair Ferreira, a vítima, que até agora só foi identificada como “Neguinho”, era foragida do Litoral do Estado por ser o autor de um assassinato. “Vamos trabalhar agora na captura do autor do crime, uma vez que ele já está identificado”, concluiu Ferreira.

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