“É você mesmo, vagabundo”, gritou o homem com touca na cabeça que havia acabado de entrar na Lanchonete Eskinão, na Rua José Braz Gomes, Sítio Cercado. A ofensa era direcionada a Aroldo Fernandes Nonato, 33 anos, que nem teve tempo de responder: foi morto com três tiros dentro do estabelecimento, às 23h10 de quinta-feira. A polícia suspeita de crime passional.
Aroldo foi executado na frente da namorada, Sônia, que também é proprietária da lanchonete. Ele levou o primeiro disparo na cabeça, assim que foi abordado. Caiu atrás do balcão, o que fez o assassino se debruçar para dar mais dois tiros na vítima. A namorada começou a gritar e o matador ainda a xingou e mandou calar a boca antes de fugir.
Ex-companheira
No local do crime, a Delegacia de Homicídios ouviu parentes da vítima e soube que Aroldo foi casado durante sete anos com uma mulher chamada Nadir, e que há dois meses ele namorava Sônia. Numa noite de sábado, em agosto, a ex-companheira entrou no mesmo estabelecimento e chamou aos gritos o nome de Aroldo. Depois teria atirado na lanchonete já sem fregueses, atingindo os vidros. A proprietária registrou queixa do episódio no 10.º Distrito Policial.
Outro parente de Aroldo falou à polícia que já ouviu comentários dando conta que Nadir, certa vez, disse que mataria o ex-companheiro se o relacionamento não fosse reatado. A mulher não foi localizada pela polícia e as testemunhas não reconheceram o assassino.