Assassinado funcionário do Jockey

Um malote com cerca de R$ 10 mil foi o preço da vida do funcionário do Jockey Club do Paraná, Faustino Ropelato, 66 anos. Ele foi assassinado na tarde de ontem, ao receber voz de assalto quando chegava na sede do clube. O dinheiro, que havia retirado do banco, referia-se ao salário de alguns funcionários.

Como fazia todos os dias, Faustino embarcou na Kombi placa AFN-8812, e foi até o banco Bradesco, na Avenida Victor Ferreira do Amaral, Tarumã. Lá, depositou certa quantia em dinheiro e depois seguiu para o Itaú, na mesma avenida, onde retirou os R$ 10 mil para o pagamento de funcionários. Na volta, às 14h15, parou no sinaleiro de um dos retornos da avenida, perto do Jockey. Enquanto aguardava, dois indivíduos que ocupavam uma Honda Biz, de cor prata com bancos pretos, pararam ao seu lado e deram voz de assalto.

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, os assaltantes pediram o malote e o funcionário reagiu. A dupla então atirou em Faustino e depois fugiu com o dinheiro. Um dos marginais usava um capacete branco, sem viseira.

Apesar de o local do crime ser próximo ao Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e do Regimento de Polícia Montada (RPMont), nenhuma viatura passava pelo local naquele momento. Segundo o delegado, as características da motocicleta e dos marginais foram passadas para todas as viaturas de Curitiba e municípios da Região Metropolitana, uma vez que a Avenida Victor Ferreira do Amaral dá acesso a Pinhais e a Piraquara. "Certamente ele foi seguido pelos bandidos, que o viram retirar o dinheiro do banco", disse Recalcatti.

Perícia

Faustino morreu na direção da Kombi, em meio aos estilhaços do vidro da janela, quebrado pelo disparo. De acordo com o perito criminal Alcebíades Rodrigues da Costa Neto, o homem foi assassinado com um único tiro à queima-roupa, que atingiu seu ombro esquerdo e transfixiou o tórax. O projétil, encontrado caído atrás do banco, foi recolhido pelo perito, que acredita ser de uma pistola semi-automática.

Logo após o crime, populares, policiais e colegas de trabalho de Faustino reuniram-se no local. Funcionários contaram que ele era aposentado e que trabalhava realizando serviços externos para o Jockey Club. Ele foi destacado para a nova função há mais de uma ano. Antes trabalhava no estábulo, segundo um dos colegas da vítima. Faustino era casado, pai de três filhos e morava na Vila Maria Antonieta, Pinhais.

Até o final da tarde de ontem, os policiais ainda não tinham pistas do paradeiro dos assassinos.

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