Juarez foi achado pelo irmão, com uma facada no rosto e outra no pescoço. |
O assassino esperou pelo sono do ajudante de pedreiro Juarez Souto Neto, 28 anos, para atacá-lo sem deixar margem à reação. Com uma facada no rosto e outra no pescoço, que cortou a veia jugular, a vítima foi achada sobre a cama do barraco em que vivia sozinha, na Rua Duque de Caxias, Jardim Água Boa em Campo Magro.
O próprio irmão, José Maria Souto, 33 anos, foi quem encontrou o ajudante morto dentro da casa, às 10h20 de ontem. A porta principal estava escancarada, o que atiçou a curiosidade de José. A cena que presenciou foi terrível: Juarez coberto sobre a cama, com um profundo corte no rosto e outro no pescoço, que fizeram vazar grande quantidade de sangue. A posição da vítima fez a polícia acreditar que ela foi atacada enquanto dormia.
José contou que viu o irmão às 20h30 de quarta-feira, conversando normalmente num boteco da região. “Ele falou que logo voltava para casa”, lembrou José. O roteiro da vítima, depois disso, ainda é desconhecido da polícia. Como o corpo estava quente quando o irmão o encontrou, estima-se que o crime ocorreu no final da madrugada ou início da manhã de ontem.
O ajudante morava sozinho há cerca de oito anos na casa em que foi morto. Parentes e vizinhos disseram unanimemente que Juarez era pacato e não se metia em confusão nem mesmo quando se embriagava. “Ele bebia e ia dormir”, contou José. Os parentes forneceram à polícia o nome de dois amigos do ajudante, que sempre passavam na casa dele e o acompanhavam na bebedeira. “Vamos averiguar estes nomes. Por enquanto, não há nada contra eles”, disse o investigador Rudimar, da DP da Campo Magro, suspeitando que o autor conhecia a vítima e o matou por divergência relacionada a bebedeira.