Assassinado em Rio Branco era irmão de “morto-vivo”

A mesma mãe que sorriu ao encontrar vivo o rapaz dado como morto chora o assassinato de um outro filho. Juarez Nascimento, 33 anos, era o homem espancado e encontrado sem vida domingo à noite, numa pedreira desativada próxima à Rodovia dos Minérios, em Rio Branco do Sul. Ele era irmão de Joel Antônio do Nascimento, 30 anos, personagem de um caso incrível ocorrido na mesma cidade.

Em 12 de outubro de 2003, Joel, portador de deficiência mental, saiu da casa onde morava com a mãe e outros três irmãos, na Rua Silvanira de Oliveira, bairro São João Batista, em Rio Branco do Sul, e não voltou mais. Dezoito dias depois, a família não teve dúvidas em reconhecê-lo como sendo um rapaz que havia sido atropelado e morto três dias antes, e que não portava documentos. O “falso” Joel foi velado e sepultado pela família. Seis meses mais tarde, o “verdadeiro” reapareceu em casa, trazido por desconhecidos que vieram numa Kombi branca, e foi recebido com festa pela mãe, Maria da Glória dos Santos Nascimento, 56 anos. O nome do homem enterrado no lugar do “morto-vivo” nunca foi descoberto.

A mesma irmã que reconhecera erroneamente a vítima do atropelamento esteve no Instituto Médico Legal (IML) para identificar o corpo Juarez. Dirlei do Nascimento contou que o irmão estava em um bar com amigos, na tarde de domingo, quando começou uma briga entre grupos rivais. Os companheiros correram, mas Juarez ficou, participou da confusão e acabou morto a golpes de facão e arrastado até a margem de um córrego. Como não portava documentos, a polícia não sabia quem era a vítima até ontem.

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